Na tarde deste sábado (22), o Criciúma recebeu o Botafogo no Heriberto Hülse em duelo válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time catarinense entrou em campo com o objetivo de se afastar de vez do Z4, vindo de uma ótima vitória sobre o Atlético-GO; já a equipe carioca poderia assumir a liderança da competição em caso de vitória. Apesar do favoritismo do Gloriso, o Tigre teve uma ótima performance defensiva e saiu de campo com os três pontos.
Análise e resumo da partida:
Desde o início do confronto, o Criciúma demonstrou ser uma equipe muito organizada em ambas as fases da partida. No ataque, o time de Claudio Tencati atacava com uma espécie de “losango”, com Bolasie sendo o alvo principal das ações e Matheusinho armando as jogadas em uma posição mais centralizada. E a conexão deu muito certo na primeira etapa.
Com apenas 10 minutos, o Tigre abriu o placar com um verdadeiro golaço: em posição recuada, Bolasie acertou um ótimo passe para Ronald na direita, e o meia deu um belo drible para deixar o lateral Cuiabano no chão. Com espaço e tempo de sobra, o camisa 6 do Criciúma mandou a bola na área e encontrou Barreto, que mandou de cabeça para o fundo do gol em mais uma aplicação da lei do ex (Barreto jogou no time carioca entre 2021 e 2022).
O Botafogo demonstrou uma falta de comunicação muito grande no setor ofensivo; o time focou muito suas investidas pela esquerda, com Tiquinho Soares saindo da posição de centroavante e voltando para ajudar Luiz Henrique. Desta forma, o time de Artur Jorge ficou com um “buraco” na intermediária, já que Tchê Tchê e Gregore, únicos jogadores escalados no meio-campo, não ajudaram ofensivamente por conta de suas obrigações defensivas.
Aos 32 minutos, o Criciúma chegou a ampliar o placar com Matheusinho, mas o gol foi anulado pelo VAR por conta de uma falta na jogada. O primeiro tempo chegou ao fim e o Botafogo pouco produziu. E vale destacar a ótima resposta de Tencati ao estilo de jogo do time carioca: o treinador do Tigre escalou uma linha de cinco na defesa, utilizando o lateral Marcelo Hermes como um terceiro zagueiro pela esquerda.
Desta forma, o Criciúma não perdeu qualidade na saída de bola e ainda teve liberdade para realizar a marcação em “pêndulo” contra os ótimos pontas do Botafogo.
Percebendo que sua equipe estava completamente encaixotada na marcação do Criciúma, Artur Jorge voltou com Eduardo para o segundo tempo, tirando Luiz Henrique de campo. Inicialmente, a mudança não teve muito efeito, mas a insistência em ter a posse de bola e chegar ao ataque mesmo sem um plano de jogo bem definido acabou resultando no gol de empate.
Em cobrança de escanteio, Óscar Romero mandou uma bola venenosa no primeiro poste e Lucas Halter subiu para desviar, colocando a bola no ângulo direito do goleiro Gustavo. E após levar o gol, o Criciúma passou a dominar completamente as ações em campo. O Botafogo não teve fôlego algum para buscar a virada e viu o time adversário levar perigo com frequência ao gol de John.
E o ímpeto do Tigre foi recompensado. Em um contra-ataque do Botafogo, Óscar Romero deu uma “cochilada” e foi desarmado por Claudinho, que saiu em velocidade pelo campo adversário e encontrou Arthur Caíke pertou da grande área. Completamente livre, o atacante finalizou e contou com uma “ajudinha” de John para marcar o segundo e último gol de sua equipe na partida.
Resultado: Criciúma 2 – 1 Botafogo
Com a vitória, o Tigre sobe para a 13ª colocação da tabela, ainda com um jogo a menos em relação aos três colocados abaixo. Já o Botafogo segue na terceira posição, perdendo a oportunidade de assumir a liderança provisória da competição.
