Dorival Júnior, Seleção Brasileira
Futebol Copa América

Dorival Júnior se emociona ao falar da morte de Dudu

Na noite desta sexta-feira, Dorival Júnior experimentou sentimentos contrastantes ao comemorar a vitória do Brasil por 4 a 1 sobre o Paraguai na Copa América. O técnico soube no estádio Allegiant Stadium da morte de seu tio, Dudu, um dos maiores ídolos da história do Palmeiras, que estava internado após sofrer uma fissura na bacia e faleceu em decorrência de uma infecção abdominal.

Durante a entrevista coletiva após a partida, Dorival Júnior se emocionou ao falar sobre a influência de Dudu em sua vida:

“Dudu para mim foi uma referência, não só como atleta profissional, como treinador logo depois, mas acima de tudo e principalmente como ser humano. Sempre foi uma pessoa que se preocupou com todos a sua volta e muito pouco com ele próprio. Sempre foi uma referência na minha vida, um exemplo para mim. Sempre procurei seguir os passos orientados e muito por ele. Um cara que vestiu três camisas na vida: Ferroviária, Palmeiras e Seleção.

Para mim representa muito porque, além da bela história que teve, foi um ser humano que talvez não tenha conhecido igual. Um segundo pai para mim, uma pessoa que praticamente me orientou em todos os momentos da vida, já que segui a mesma profissão que a dele. Tenho certeza que será muito bem recebido pela pessoa que era, muito espiritualizada, fará uma passagem muito tranquila de plano. Na última vez que estive com ele, há uns 20, 30 dias, já percebi que talvez fosse a última,” disse Dorival.

Dorival e o legado de Dudu

Olegário Tolói de Oliveira, mais conhecido como Dudu e tio de Dorival, foi um dos jogadores históricos da Academia do Palmeiras nas décadas de 1960 e 1970. Nascido em Araraquara (SP), Dudu começou sua carreira na Ferroviária antes de se transferir para o Palmeiras, onde atuou de 1964 a 1976. Posteriormente, também comandou a equipe como treinador.

Dudu jogou 615 partidas com a camisa do Palmeiras, marcando 29 gols. Ele conquistou títulos importantes, incluindo o Torneio Rio-São Paulo de 1965, o Campeonato Paulista de 1966, 1972 e 1974, e o Campeonato Brasileiro de 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa), 1967 (Taça Brasil), 1969, 1972 e 1973. Como treinador, ele liderou o Palmeiras à conquista do Campeonato Paulista de 1976.

Eternizado na sede social do Palmeiras com um busto ao lado de outros ídolos do clube como Oberdan Cattani, Ademir da Guia, Junqueira, Waldemar Fiúme e Marcos, Dudu deixou um legado inestimável. O Palmeiras decretou luto oficial de sete dias em sua homenagem.