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Santos: Relação de Carille e Marcelo Teixeira gera atritos nos bastidores

Os bastidores do Santos estão bastante agitados. Hoje de manhã, o presidente Marcelo Teixeira e o técnico Fábio Carille se encontraram na UniSanta, uma universidade da família Teixeira, para discutir os próximos passos do clube. O presidente está pressionando por treinos em dois períodos no CT Rei Pelé, enquanto o técnico está solicitando reforços.

Essas diferenças estão se intensificando. Não há uma disputa direta entre o presidente e o treinador, mas há um claro desentendimento sobre qual direção seguir para o futuro do Santos. Atualmente, não se está considerando a possibilidade de substituição no comando técnico.

 

Reunião na Unisanta e problemas nos bastidores

A reunião já estava marcada e não está relacionada ao empate sem gols contra o Mirassol na última terça-feira. Alexandre Gallo, o executivo de futebol responsável pelas negociações no mercado e figura influente no departamento de futebol, também participou do encontro, que durou cerca de uma hora.

De acordo com informações obtidas pelo ge, o presidente Marcelo Teixeira solicitou uma revisão na rotina de treinos, propondo a realização de atividades em dois períodos, sempre que possível. Considerando que o Santos está focado apenas na Série B neste momento, a diretoria entende que os jogadores estão tendo pouco exigência e disponibilidade excessiva nos dias sem viagens e jogos.

Por outro lado, Carille argumenta que os treinamentos em dois períodos não são eficazes e podem até aumentar o risco de lesões nos jogadores devido ao excesso de carga física. Recentemente, o Santos enfrentou perdas significativas, como João Schmidt, Pedrinho, Guilherme, Aderlan e Julio Furch, todos entregues ao departamento médico após jogos da Série B.

 

Situação do elenco entra em pauta

As contratações têm sido um ponto central de discordância. Nas últimas semanas, o Santos explorou várias possibilidades no mercado, incluindo os atacantes Gustavo Mosquito, Léo Natel e Pedro Raul (do Corinthians), Ademir (do Bahia), o zagueiro Igor Rabello (do Atlético-MG) e o goleiro Hugo Souza (do Flamengo). Exceto por Pedro Raul, que optou por não jogar a Série B pelo Santos, a presidência vetou todas as negociações, citando razões técnicas ou financeiras.

Em uma entrevista coletiva na Vila Belmiro recentemente, Carille admitiu que “errou” em certos momentos da temporada do Santos. Embora não tenha especificado, o treinador pareceu se referir à falta de insistência em contratações durante a janela de exceção do futebol brasileiro.

Durante uma fase em que o time enfrentou lesões e perdeu quatro jogos consecutivos na Série B do Brasileirão, as ausências foram significativas e contribuíram para os maus resultados em campo. Atualmente, Carille tem enfatizado a necessidade de reforços para garantir profundidade e manter o Santos competitivo.

Por outro lado, Marcelo Teixeira defende um maior aproveitamento dos jovens formados na base do clube. Ele exige uma abordagem mais criteriosa no mercado e chegou a sugerir o nome do zagueiro Luan Peres, que atualmente joga no Fenerbahçe, da Turquia, mas cujo salário mensal está acima do que o clube pode pagar na segunda divisão.

Tanto Fábio Carille quanto Marcelo Teixeira foram contatados para comentar sobre as divergências nos bastidores, mas optaram por não se manifestar.

(Foto: Reprodução / Instagram)