(por Ricardo Menegueli) E chegamos ao momento mais celebrado(e triste para o fã da NFL) do ano. Hoje acontece o encontro derradeiro da temporada 2017 do futebol americano entre New England Patriots e Philadelphia Eagles em Minneapolis e esse momento do ano é aquele que queremos apreciar cada segundo, desejamos que seja um jogão e que ele nunca mais acabe, pois virá um longo “inverno” de 7 meses sem NFL, sem barulho de contato entre equipamentos de proteção, sem passes milimétricos e sem a “pernitta”(quem nunca amaldiçoou esses comerciais repetitivos ao longo da temperada e até sentiu saudades um tempo depois?). O confronto de hoje trará equipes em momentos diferentes. De um lado, temos um New England Patriots embalado e que, apesar do susto contra os Jaguars, mostrou porque são a atual dinastia da NFL. Em contrapartida temos um Philadelphia Eagles que, apesar da vitória maiúscula contra os Vikings na final da conferência, teve uma campanha irregular ao final da temporada e a incerteza em torno de seu ataque, liderado por Nick Foles. Quando entramos nos detalhes sobre o confronto, não faltam elogios a ambos os times. O da Nova Inglaterra traz consigo um ataque que, sejamos honestos, tem tanta sinergia entre todas as peças quanto uma orquestra: recebedores que correm rotas perfeitas, linha ofensiva que parece idolatrar seu quarterback(e juraram proteger nem que custe a sua vida) – tudo isto regido por um Tom Brady “quarentão” jogando com a saúde e disposição de um rookie. Já a defesa, apesar de muito boa, fraquejou em alguns momentos nesta temporada. Durante alguns jogos que acompanhei, o sistema defensivo do finalista da AFC mostrou que sua intensidade tem oscilado muito ao longo dos confrontos e alguns ataques tiraram bom proveito disto com alguma facilidade. Se eu estivesse no lugar de Bill Bellichick, teria reprisado toda a semana os jogos contra Chiefs e Jaguars para o corpo defensivo, para eles lembrarem as coisas que não deveriam fazer. Falando sobre Philadelphia, o cenário se inverte. A defesa dos Eagles foi uma das mais intensas, aguerridas e efetivas da temporada. Sem exceções. O corpo de linebackers não deu sossego a nenhum adversário, a linha defensiva destrói pockets sistematicamente e a secundária sabe ler rotas, além de não dar sossego aos recebedores. Em alguns casos o jogo corrido não funcionou e os passes curtos estiveram marcados o tempo todo, restando apenas as big plays ao time adversário. O problema está no ataque. Não pelos recebedores, eles são ótimos. Não pela linha ofensiva, está entre as melhores da liga. Não pelos running backs, também estão entre os melhores. O grande problema está na principal posição ofensiva: o quarterback. Desde a lesão de Carson Wentz, Nick Foles assumiu a posição e alternou altos e baixos. Enquanto tivemos uma final de conferência com um maiúsculo 38-7 contra a poderosa defesa dos Vikings, também aconteceu uma humilhante derrota por 6-0 para um fragilizado Cowboys. Se eu pudesse fazer apenas uma pergunta para o destino com a intenção de tentar adivinhar o vencedor deste confronto, que se reedita após mais de uma década, eu questionaria: hoje veremos o Nick Foles da final de conferencia ou o do jogo contra o time de Dallas? Meu palpite, por critério de desempate, é que o Patriots leva o confronto por uma posse de bola e o confronto se decidirá apenas após o two-minute warning do último quarto. Palpite: Patriots 28-24 Eagles Para os torcedores dos outros times, além de assistir o jogo e torcer para que seja tão brilhante quanto o encontro do ano passado, resta a dúvida se prefere um time a menos na roda de amigos pra dizer que não tem Super Bowl(e fazer as piadinhas saudáveis) ou se é melhor aquele amigo bacana gritando pelos quatro cantos como é bom ter seis troféus Vince Lombardi na prateleira. Se cabe um conselho, aproveite este dia: ele sempre acaba sendo um momento único para todos nós, amantes e apaixonados pelo esporte da bola oval. Vá a um bar cujo o tema de hoje seja todo voltado ao jogo, com áudio, pessoas interessadas no mesmo assunto e uma atmosfera que te leve a se sentir um pouquinho mais próximo de Minneapolis. Caso seja possível, junte-se a nós no Australiano Bar, a partir das 20:00, na cidade de Santos: será um enorme prazer ter você conosco para assistirmos a este evento histórico.
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