(por Edmar Jardim) Em mais uma partida da rodada da NFL, a equipe do Los Angeles Chargers bateu o Seattle Seahawks no Century Link Field, em Seattle. O resultado é importantíssimo para o “primo pobre” de Los Angeles, que apesar de não ter a mesma pompa da outra franquia da cidade, vem fazendo campanha contundente, e segue semeando seu caminho aos playoffs longe dos holofotes.O jogo de ontem era considerado um divisor de águas pra ambas as equipes. Uma vitória de Seattle credenciaria de vez o time como candidato a pós-temporada. Uma vitória de LA teria o mesmo peso. E como já sabemos que os visitantes levaram a melhor, vamos focar no que interessa; a análise macro do confronto. O “X” da partida, e fator que ao meu ver foi preponderante para a vitória dos Chargers: a péssima atuação ofensiva de Russell Wilson e todo o ataque de Seattle. A linha ofensiva que vinha crescendo não operou bem; pocket em colapso na maioria dos snaps, jogo corrido menos eficiente que o normal, e a ausência de jogadas criativas que pudessem tirar o ataque do buraco quando necessário.Por outro lado, o time da Califórnia apresenta um ataque consistente, eficiente, com peças de altíssimo nível, e com Philip Rivers em grande forma. Se não é um contender top de linha, é preciso abrir o olho, pois trata-se de um time perigosíssimo. Melvin Gordon e Austin Ekeler foram um verdadeiro terror para a forte defesa dos Seahawks. Toda jogada terrestre oferecia alto perigo, e deixava o torcedor em Seattle de cabelo em pé. Ressalto o alto nível técnico e atlético desses dois running backs. O sucesso atual da franquia passa por ambos, ontem não tive dúvidas. Keenam Allen e Tyrell Williams são as grandes armas aéreas, e as big plays comeram soltas, principalmente com rotas cortando pro meio da secundária que fizeram um verdadeiro estrago em ganho de jardas, inclusive em terceiras descidas. [[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”2010″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-6810 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1400″,”height”:”1060″,”alt”:””}}]] Final: Chargers 25-17 SeahawksO Los Angeles Chargers tem reais chances de avançar em uma vaga de Wild Card. Jogando na difícil e disputada AFC Oeste (e que já tem dono, o Kansas City Chiefs), LA briga pelas vagas número 5 e 6 da conferência e, pelo apresentado ontem, fora de casa, contra uma boa defesa e num ambiente hostil… olho no primo pobre.Para a franquia de Pete Carrol, que ainda tentou uma reação “à la Seahawks” no final, na base do sufoco, loucura e apoio do torcedor (que quase obteve sucesso, verdade seja dita, morreu na beira da endzone e por uma falta), restou o amargo gosto do 4-4. E esse gosto é justamente aquele previsto lá no início: seria um ano difícil, de reestruturação e muita luta por evolução em unidades específicas. Com o crescimento e melhora, havia a esperança de que o time pudesse dar mais trabalho ainda este ano. A derrota em casa ontem parece ter jogado água no chopp, e trouxe todos de volta à realidade. Ponto importante, pra registro e posteriores efeitos: Russell Wilson jogou mal. E jogou muito mal. Vi errar passes que jamais havia visto. Vi fazer leituras que jamais vi fazer. Tarde infeliz? Espero que sim. O contrato de Wilson vence em 2019.
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