NFL

Série Decepções da Temporada – Carolina Panthers

(por Ricardo Menegueli) A partir de hoje divulgaremos textos sobre equipes que decepcionaram na temporada 18/19 da NFL, para começar, veja alguns motivos que tornaram o Carolina Panthers uma decepção.Há sete finais de semana atrás, o Carolina Panthers estava disputando vitória a vitória a liderança de sua divisão com os Saints. Além de ainda pleitear a posição de seed#1 na NFC, os Panthers eram, sem dúvidas, uma surpresa – mas todos admitiam a capacidade do time de jogar bem. Mesmo a lesão de Greg Olsen não apagou em nenhum momento a capacidade do time em pontuar – pena que apenas na primeira metade da temporada. Nas últimas 7 semanas, um 0-7 ligou todas as luzes de alerta.Dito isto, e certamente sei que esquecerei algum detalhe, decidi pontuar os principais pontos que, na minha opinião, determinaram a queda de produção do time.1 – A vida não é um filme e McCaffrey não é o incrível Hulk[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”2165″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-8461 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1296″,”height”:”729″,”alt”:””}}]]Sim, eu sei que vocês estão pensando: “Porque você está comparando o McCaffrey com o Hulk?”Simples: ele esmagou as defesas na primeira metade do campeonato. E por mais que eu seja um entusiasta dos crossovers, Super Cam e Hulk voltaram a ser apenas Cam Newton e McCaffrey. A kriptonita? O playbook previsível, o encorajamento dos treinadores com Cam Newton e a falta de outros “super heróis”.Funchess não embalou, talvez seja apenas o comissário Gordon sem o Batman. DJ Moore é apenas mais um coadjuvante esforçado, talvez algum adolescente em formação da escola de mutantes. Greg Olsen não estava no seu melhor shape após a lesão.Graças ao previsível, lento e sem brilho corpo de recebedores, você precisa estressar o McCaffrey. Era comum ao assistir as tapes ver 5, 7, 10 jogadas onde o McCaffrey fazia um bloqueio para atrapalhar o pass rush dos adversarios, se soltava e recebia um passe entre o scrimmage e a secundária queimando a blitz, o que pegava a defesa de surpresa e permitia bons avanços. Qual é o antídoto para isso? Marcação por zona. Com isso, raros blitz eram sinalizados, as raias fechavam facilmente e McCaffrey se tornou a única arma (não tão) eficaz dos Panthers, já que o fim da temporada comprovou isso.2 – Os treinadores pediram para Cam Newton “correr menos com a bola”Seria cômico se não fosse trágico, mas cada vez menos vemos Super Cam e cada vez mais assistimos Cam Newton, um mero passador que de vez em quando corre com a bola. A maioria esmagadora delas conservadora e terminando em slides. Ele não explora mais seu físico e sua velocidade, não se vê mais as defesas preocupadas com o egocêntrico e eficiente corredor, que de vez em quando passa a bola. Confesso, não sou o maior entusiasta dos QBs super móveis, mas isso fazia o jogo dos Panthers muito mais interessante e quase imprevisível. Imaginem se, ao invés de procurar o McCaffrey em campo, a defesa tivesse que se preocupar com o McCaffrey correndo pra um lado e o Cam Newton com a possibilidade de correr para o outro? Isso não tem acontecido e o time sente muita falta desta imprevisibilidade.3 – A defesa precisa descansar mais, não importa quantos pulmões tenha Luke KuechlyLuke Kuechly é, sem dúvidas, meu LB favorito. Ele não se contenta em marcar sua zona, tem uma inteligência surreal e um sexto-sentido fora do comum para ler jogadas. Não importa a equipe que você torça, ele poderia ser titular no seu time.[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”2166″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-8462 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1280″,”height”:”720″,”alt”:””}}]]O problema é que na segunda metade da temporada ele e o resto da defesa de Carolina cansaram bastante. Estiveram em campo, em média, mais tempo que o ataque. Isso significa que os descansos são menores e, como já dizia a máxima, é menos cansativo jogar com a bola do que sem ela. A defesa dos Panthers é ótima, mas precisa de descansar. Podemos dizer que temos outros exemplos na liga onde a defesa é dominante e gera turnovers, mas o ataque não administra o relógio e ao final do jogo estão todos aquém de sua capacidade.Não adianta o Kuechly ser incansável e ter 3, 4, 5, 6 pulmões… no último quarto, apenas ele está inteiro após 35/40 minutos em campo.4- As contratações na free agent não impressionaramO exemplo mais emblemático que tenho sobre isso é o de CJ Anderson. O homem que acabou com as esperanças do mesmo Panthers no SB50, foi contratado para suprir a saída de Stewart e se aliar a McCaffrey. Porém, mal foi utilizado e acabou liberado no início de novembro. Sejamos honestos: esse foi só um caso que mostra como o time de Carolina foi ineficaz na free agent neste ano.Com todos os fatores acima, torço para que o Carolina Panthers faça um bom draft ano que vem e “deixe o menino Cam jogar”. O time chegou a um SB com seu QB jogando de forma intensa e até indisciplinada, formando uma campanha 15-1 com um time que impressionava por ter um ataque simplesmente imprevisível. Buscar 2015 pode significar voos mais altos em 2019.Aos fãs dos Panthers, boa sorte com isso.

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