NFL

Confira a análise da AFC Oeste e saiba o que esperar de Chiefs, Chargers, Broncos e Raiders

(por João Zarif) Hoje é dia da AFC Oeste, com Kansas City Chiefs, Los Angeles Chargers, Oakland Raiders e Denver Broncos. Esse ano a divisão tem tudo para ser mais disputada do que já foi no ano passado, quando Chiefs e Chargers tiveram campanhas iguais, 12-4. Vamos a análise! Kansas City Chiefs[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”3623″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-13936 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1200″,”height”:”800″,”alt”:””}}]]Os Chiefs chegam para essa temporada após algumas turbulências no passado, com a dispensa de Kareem Hunt por um episódio de agressão contra uma mulher em um hotel e a quase perda de seu principal wide-receiver, Tyreek Hill, que corria risco de sofrer suspensão nessa temporada por um caso de violência doméstica no passado. Após resolver essas questões o time parece finalmente pronto para brigar novamente pelo título de conferência, e dessa vez chegar ao Super Bowl. Mesmo tendo perdido para os Patriots apenas na prorrogação, os Chiefs tentaram qualificar seu elenco, principalmente a defesa, trazendo dois reforços de peso: Tyrann Mathieu, um dos grandes jogadores de secundária da liga, vindo do Houston Texans, e também Frank Clark, ex-Seattle Seahawks, que chega para ocupar a lacuna deixada por Justin Houston, um dos maiores nomes da equipe nos últimos anos, que foi para os Colts. Além disso, o time buscou peças no draft também para a defesa. O safety Juan Thornhill, o defensive tackle Khalen Saunders e o cornerback Rashad Fenton, que chegam com moral e devem participar das rotações defensivas da equipe já em seu primeiro ano.No ataque do gênio Andy Reid, treinador principal da equipe, o quarterback Patrick Mahomes, MVP da NFL na última temporada, vai tentar repetir a espetacular temporada, com 50 passes para touchdown. Suas principais armas são as mesmas do fim de 2018: o tight end Travis Kelce, os wide receivers Tyreek Hill e Sammy Watkins. O WR Mecole Hardman, draftado esse ano, chegou impressionando nos treinos da pré-temporada, não só por sua versatilidade, velocidade e agilidade, mas também pela facilidade com que vêm se adaptando ao time. O jogador provavelmente será o principal retornador dos times especiais nos punts, e pode receber oportunidades durante as partidas na rotação de recebedores. No corpo de corredores, Damien Williams encerrou a temporada como titular, e vai começar na mesma condição, Carlos Hyde chegou na intertemporada, mas parece ter perdido espaço e pode sair da equipe, pois o novato Darwin Thompson vêm encantando a comissão técnica da equipe e muitos já dizem que logo ele será titular. O ponto negativo fica por conta da equipe ter perdido seu center titular, Mitch Morse, que foi para o Buffalo Bills, como agente livre, para receber US$ 44,5 milhões em 4 anos de contrato.É difícil Patrick Mahomes conseguir outra temporada com 50 touchdowns, afinal apenas Peyton Manning (55 em 2013) e Tom Brady (50 em 2007) haviam conseguido tal feito, mas o time têm peças suficientes para ajudar sua estrela, tanto no ataque, quanto na defesa. Vejo a equipe brigando com os Chargers pelo título da divisão, e novamente levando a melhor, evitando assim um jogo fora de casa na primeira rodada dos playoffs. Los Angeles Chargers[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”3624″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-13938 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”3860″,”height”:”2340″,”alt”:””}}]]O time de Los Angeles vem com força para mais uma temporada. No ano passado parecia ter tudo para complicar o jogo contra os Patriots no Gillette Stadium, porém saiu de Foxborough com uma derrota pesada. Tudo parecia caminhar bem para nesse ano a equipe iniciar uma caminhada em busca do Super Bowl, mas não foi o que aconteceu. Uma de suas principais estrelas, o running-back Melvin Gordon, entrou em holdout (assunto abordado nessa matéria: http://www.playmakerbrasil.com.br/2019/08/08/a-luta-de-ezekiel-elliott-e-melvin-gordon-por-novos-contratos/) e parece que a novela vai durar por um longo período. Sem seu principal corredor, a equipe comandada pelo veterano quarterback, Philip Rivers, parece confiante de que pode brigar pelo título com Austin Ekeler e Justin Jackson carregando a bola. Rivers não terá Tyrell Williams esse ano, mas continuará com Keenan Allen como principal alvo, além de contar com Mike Williams, que após alguns bons momentos ano passado poderá assumir de vez um papel relevante na equipe. A principal boa notícia é que Hunter Henry está recuperado da lesão que o afastou dos gramados ano passado, e irá substituir de vez o lendário Antonio Gates, que se aposentou de vez.Enquanto o ataque tem uma grande estrela em “stand-by”, a defesa volta com tudo. Joey Bosa, Melvin Ingram, Casey Heyward, Desmond King e cia. formam um grupo defensivo fortíssimo e esse ano irão contar com um reforço muito experiente: Thomas Davis chega dos Panthers após 14 temporadas na franquia da Carolina do Norte para trazer uma liderança experiente para a unidade. Ou seja, podemos esperar um sistema defensivo muito consistente. Os Chargers parecem estar no mesmo ponto do ano passado após algumas perdas e adições, além do holdout que parece que vai durar de Melvin Gordon. A equipe têm força para desbancar os Chiefs, mas precisará se adaptar logo com a ausência, por enquanto temporária, de Gordon, e manter seu elenco saudável, já que Bosa, Ingram, Allen, Williams e Henry já tiveram lesões graves que mantiveram os mesmos muito tempo longe dos campos. Se isso acontecer, a última temporada deve se repetir, com os Chargers brigando jogo a jogo pela liderança da divisão. Denver Broncos[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”3625″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-13939 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1200″,”height”:”800″,”alt”:””}}]]Após mais um ano ruim, 6 vitórias e 10 derrotas, John Elway (Presidente e Gerente Geral dos Broncos), resolveu mudar mais uma vez seu quarterback. Mandou Case Keenum para o Washington Redskins, após apenas um ano no Colorado, e trouxe o experiente Joe Flacco, que estava na reserva do Baltimore Ravens, apesar de ter liderado o time a conquista do Super Bowl 47. No grupo de running backs e wide receivers nenhuma novidade: Royce Freeman e a sensação do ano passado Phillip Lindsay comandam as corridas, enquanto Courtland Sutton e Emmanuel Sanders serão os principais alvos disponíveis. Uma boa aposta da equipe é o tight-end novato Noah Fant, que aos poucos pode ser tornar uma peça importante nesse ataque.A defesa continua sendo o ponto forte do elenco e, com o astro Von Miller, o experiente Derek Wolfe, Bradley Chubb na sua segunda temporada e Chris Harris Jr. na secundária o time pode ter uma temporada melhor que a passada. Os Broncos devem usar e abusar do jogo terrestre, restringindo o número de passes de Joe Flacco, que não é mais confiável como em 2012. Além disso, pode usar play-actions para conseguir jogadas em profundidade no ataque. Se a estratégia funcionar ofensivamente, o time conseguirá controlar o relógio e dar tempo para sua defesa recuperar o fôlego, para poder usar toda sua capacidade de forçar turnovers. Em teoria tudo parece bonito, mas o time precisa colocar isso em campo, para buscar a vaga em uma conferência onde estão longe de serem favoritos, algo que não acredito ser possível com Joe Flacco no comando do ataque. Oakland Raiders[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”3626″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-13940 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”2500″,”height”:”1667″,”alt”:””}}]]A principal incógnita da divisão é o Oakland Raiders. Uma equipe que ano passado iniciou um processo de reconstrução com a chegada do técnico Jon Gruden e seu contrato de 10 anos. Alguns jogadores saíram em troca de escolhas no draft, casos da estrela Khalil Mack, e Amari Cooper, que foram para o Chicago Bears e Dallas Cowboys, respectivamente. Outros se aposentaram, como Marshawn Lynch e Jordy Nelson. Como já era esperado, se saem muitos jogadores, novos devem chegar, e foi o que aconteceu. Mais de 10 jogadores entraram pelas portas do Coliseu de Oakland (no último ano da franquia antes de seguir para Las Vegas), sem contar o draft (vou falar mais sobre no texto), com destaque para Tyrell Williams (ex- Chargers), Lamarcus Joyner (ex-Rams), Vontaze Burfict (ex-Bengals), Tahir Whitehead (ex-Lions), e o principal deles, Antonio Brown (ex-Steelers).Comecei o texto falando em reconstrução, e isso quer dizer longo prazo, jovens jogadores, mas, com os nomes citados acima, não parece que isso foi seguido totalmente. Jon Gruden confessou que Antonio Brown foi uma oportunidade de mercado que não estava nos planos e isso acelerou um pouco o processo de reconstrução. De fato, o wide receiver coloca o ataque de Oakland em outro patamar, já que quase sempre demanda marcação dupla, abrindo espaços para outras ameaças ofensivas. E elas existem de fato no time. Tyrell Williams deve se beneficiar da presença de Brown e pode conseguir ótimos números em sua primeira temporada no time. Além disso, o quarterback Derek Carr vêm sendo muito elogiado por Gruden, que vê outro jogador em grande evolução, o novato running-back Josh Jacobs, selecionado na primeira rodada, e que deve dar novo gás ao ataque terrestre dos Raiders. Ao que tudo indica, parte ofensiva da equipe deverá aumentar consideravelmente sua produção. A única dúvida fica por conta do comprometimento de Antonio Brown, que após fazer de tudo para sair de Pittsburgh, não sossegou ao chegar na Califórnia. Se ausentou do início do training camp, queimou os pés em um tratamento de recuperação através de baixas temperaturas, sumiu durante alguns dias e agora iniciou uma cruzada contra a NFL, pois está insatisfeito com os novos capacetes que devem ser utilizados pelos jogadores, insistindo em usar o modelo antigo.Enquanto no ataque tudo parece depender da boa vontade da estrela Antonio Brown em focar no jogo, a defesa foi completamente remodelada. O time escolheu 6 jogadores defensivos, entre eles o ótimo pass rusher, Clelin Ferrell, sua primeira escolha para tentar ocupar o lugar que já foi de Khalil Mack, o safety Johnathan Abram, que costuma jogar com muita intensidade, e Trayvon Mullen, que dará mais opções a rotação de cornerbacks. No centro da defesa as principais mudanças, Burfict e Whitehead chegam para automaticamente assumirem a titularidade. Com o centro de sua defesa totalmente remodelado, a espera é grande melhora em relação ao fracasso do ano passado.O time parece estar em outra rotação em relação a última temporada, com uma imensa melhoria nas individualidades. Resta saber se irá render dentro de campo, já que Gruden precisa provar que ainda é o mesmo técnico que um dia levou Tampa Bay a vencer o Super Bowl, no início dos anos 2000, após ter feito longa carreira como comentarista em emissoras esportivas. É difícil acreditar que uma equipe com apenas quatro vitórias em 2018 irá incomodar grupos estabelecidos como Chiefs ou Chargers, mas uma coisa é certa: Oakland têm a qualidade necessária para isso. Minha aposta? Uma campanha com 6 vitórias que encerra o ciclo em Oakland e leva um elenco muito promissor para Las Vegas! Previsões:Kansas City Chiefs – Campeão da divisãoLos Angeles Chargers – Vaga de wildcardOakland Raiders – Boas atuações com seis vitórias e futuro promissorDenver Broncos – Mais um ano decepcionante com no máximo cinco vitórias, em busca de seu franchise quarterback no próximo Draft

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *