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NFL

Travis Frederick se aposenta dos gramados

(por Henrique Rodrigues)   Center dos Cowboys desde 2013, Frederick se junta a uma lista não tão feliz. Ele é mais um excelente jogador que se aposenta antes dos 30 anos em um espaço de 1 ano, junto com Andrew Luck, Luke Kuechly e Rob Gronkowski. Travis foi escolhido na 32ª escolha geral em 2012, e na época foi considerado um reach, que é quando se escolhe um jogador antes do que era esperado. Não demorou muito para que ele calasse os “críticos”. Em sua temporada de calouro, foi nomeado para o All-Rookie Team, além de ter sido o primeiro center na história dos Cowboys a ser titular em todos os 16 jogos na primeira temporada. Em 2014, já era considerado um dos principais jogadores na sua posição e foi um dos pilares da linha ofensiva considerada a melhor da liga. Esse ano marcou também a sua primeira ida ao Pro Bowl, além de ter sido escolhido como 2nd Team All-Pro. O ano seguinte foi quando sua responsabilidade começou a aumentar. Sem Tony Romo, os Cowboys tiveram quatro quarterbacks diferentes começando pelo menos um jogo. Como nem todos tinham um grande conhecimento do ataque, Frederick passou a ser o encarregado em chamar as proteções, o que ele fez brilhantemente, em rumo ao seu segundo Pro Bowl. Dentro e fora de campo, 2016 foi o melhor ano de sua carreira como jogador. Começou em agosto, quando ele assinou um contrato de 6 anos e 56.4 milhões de dólares e, logo em seguida, foi nomeado como um dos capitães do time. Dentro de campo, ajudou Elliott e Prescott a terem uma excelente temporada de calouro e a levar os Cowboys a melhor campanha da NFC, com 13 vitórias. Tudo isso o fez garantir sua única nomeação para o 1st Team All-Pro. Após mais um ano bom em 2017, Frederick já era considerado por muitos como o melhor center da liga. Em 2018, porém, ocorreu uma coisa muito complicada. Ele foi diagnosticado com Síndrome de Guillain Barré. Essa síndrome consiste no sistema imunológico da pessoa atacando parte do sistema nervoso, causando fraqueza muscular e redução ou ausência de reflexos. Essa é uma síndrome muito rara, com 1-4 casos a cada 100.000 pessoas. Nesse momento parecia que a carreira de Frederick havia acabado, mas como o próprio jogador disse em sua carta de despedida, “eu já havia me preparado para o próximo capítulo da minha vida, mas o competidor em mim não me deixaria aposentar sem voltar aos gramados. E então, surpreendendo a todos, ele conseguiu voltar a jogar em 2019, indo bem o suficiente para ser indicado ao seu 5º Pro Bowl. Parafraseando novamente o jogador, “eu não conseguia jogar no meu melhor nível. Jogar ‘bem’ não é o que eu espero de mim e não é o que os meus companheiros merecem.”.  Com uma excelente, porém, curta carreira, Travis Frederick ajuda a disseminar a mensagem de que a saúde é bem mais importante do que qualquer esporte.

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