McCafrrey Purdy 49ers
NFL

Os 49ers e as mudanças ofensivas desde a frustração no Super Bowl em 2020

O San Francisco 49ers protagonizou uma impressionante virada contra o Detroit Lions, com um placar final de 34 a 31, classificando-se para o Super Bowl. Agora, a equipe está focada em derrubar os atuais campeões, o Kansas City Chiefs, no Super Bowl deste domingo (11), que ocorrerá no Allegiant Stadium, em Las Vegas.

Esta será a oitava aparição do San Francisco 49ers no Super Bowl, e eles estão preparados para enfrentar os Chiefs, que buscam o bicampeonato no Super Bowl LVIII. As duas equipes já se encontraram anteriormente no grande palco, no Super Bowl LIV em 2020, quando os 49ers sofreram uma derrota por 31 a 20. A última vez que os 49ers ergueram o troféu do Super Bowl foi durante a temporada de 1994, triunfando sobre o Los Angeles Chargers com um placar de 49 a 26.

O comando do ataque dos 49ers está nas mãos habilidosas do quarterback Brock Purdy, que foi um líder ao longo da temporada. A eficiência e confiabilidade de Purdy como playmaker receberam elogios dos companheiros de equipe, solidificando sua posição como um dos principais quarterbacks da liga. Na temporada de 2023, Purdy impressionou ao registrar 4.280 jardas e 31 touchdowns.

No entanto, Purdy não é a única estrela no elenco dos 49ers, que conta com uma variedade de playmakers nos fronts ofensivo e defensivo. Nick Bosa, nomeado o Jogador Defensivo do Ano da NFL na temporada passada, tem sido uma força durante a temporada, acumulando 10,5 sacks na temporada atual.

O running back Christian McCaffrey tem mostrado consistentemente sua versatilidade e habilidade de chegar à zona de pontuação de diversas maneiras. No jogo de campeonato contra os Lions, McCaffrey correu impressionantes 90 jardas e marcou dois touchdowns.

Somando-se à força da equipe está o fullback Kyle Juszczyk, renomado não apenas como o jogador mais bem vestido dos 49ers, mas também por seu comprometimento em proteger Purdy e criar oportunidades para McCaffrey. A maioria desses jogadores já estava na última derrota para os Chiefs no Super Bowl, mas quais diferenças esse time apresenta quando comparado com a equipe de 2020?

(Foto: Getty Images)

49ers e Chiefs: inversão de papéis?

Em 2020, Niners e Chiefs chegaram ao Super Bowl com os papéis invertidos em relação a este ano. Em 2020, os Chiefs chegaram com um ataque explosivo liderado por um Patrick Mahomes inspirado, e, mesmo jogando com uma defesa recém-formada por Steve Spagnuolo, que não foi realmente uma força na temporada, conseguiram chegar ao Super Bowl graças a nomes como Tyreek Hill, Travis Kelce e Sammy Watkins para receber passes de Mahomes.

Os 49ers, por sua vez, tinham a melhor marca de Expected Points Added (EPA) defensivo da Liga, juntamente com Pittsburgh Steelers e New England Patriots, que não tinham a mesma eficiência ofensiva da equipe de San Francisco. Isso quer dizer que, por mais que a defesa fosse o seu carro-chefe naquele ano, o time também tinha um ataque que foi eficiente, principalmente no jogo terrestre.

Neste ano, houve uma inversão nesse padrão. No “pior” ano de Mahomes, os Chiefs chegam ao Super Bowl com um ataque bem pior, mas têm o melhor EPA defensivo entre as equipes que se classificaram para os playoffs, perdendo apenas para o Baltimore Ravens. Os Niners, por sua vez, têm um EPA ofensivo muito bom, com um desempenho defensivo mediano, para ser bem generoso.

Mas o que levou a essa força ofensiva dos Niners? No ano passado, a equipe já tinha um grande ataque, que enfrentou problemas com lesões. Na temporada de 2023, o que se viu foi um elenco mais saudável e, consequentemente, um ataque mais eficiente liderado por Kyle Shanahan.

As mudanças ofensivas dos 49ers desde 2020

Mais do que as mudanças no quarterback, os 49ers começaram esse novo ataque pela linha ofensiva. Logo após a derrota no Super Bowl para os Chiefs, o left tackle Joe Staley decidiu se aposentar, e, para não deixar baixar o nível, os Niners foram atrás de Trent Williams, em uma troca com o Washington Commanders. Desde então, Williams tem sido o melhor jogador da OL de San Francisco.

Ainda em 2020, a equipe adicionou mais uma arma para o ataque então liderado por Jimmy Garoppolo, trazendo Brandon Aiyuk como uma escolha de primeira rodada naquele ano. As lesões envolvendo grande parte das estrelas da equipe, como Bosa, Richard Sherman, George Kittle, Raheem Mostert, Dee Ford, entre outros, foram cruciais para uma campanha de seis vitórias e 10 derrotas em 2020.

Eles retornariam aos playoffs em 2021, mesmo com um Garoppolo que teve problemas com lesões no meio da temporada, terminando com uma campanha de 10 vitórias e sete derrotas e chegando numa final de conferência, quando perderam para o campeão Los Angeles Rams. Esse também foi o primeiro ano do então calouro Trey Lance, que havia sido draftado para ser a sombra de Garoppolo.

Em 2022, a equipe finalmente “desistiu” de Garoppolo, e foi com Lance como o seu starter no começo da temporada. No entanto, o quarterback sofreu uma lesão que o tirou do restante da temporada logo no início, e os Niners tiveram que voltar com Garoppolo, que até fazia um bom trabalho até se lesionar em dezembro. Nesse momento, San Francisco já havia trocado por McCaffrey.

Com seus dois quarterbacks lesionados, coube ao “Mr. Irrevelante” daquele ano conduzir o ataque. Purdy assumiu em dezembro e rapidamente mostrou as suas garras, revivendo um ataque explosivo dos 49ers que contava com excelentes chamadas de Shanahan e uma execução perfeita de Purdy. O quarterback liderou a equipe para uma final de conferência, até que se lesionou na derrota para o Philadelphia Eagles.

Finalmente com o ataque bem definido e saudável, os Niners chegam ao Super Bowl com alguns pontos a provar. Purdy quer mostrar que ele não é apenas um quarterback game manager e de sistema, enquanto McCaffrey, que já provou ser o melhor running back da Liga neste ano, quer o seu tão sonhado anel. Kittle, Fred Warner, Samuel e outros querem apagar a frustração do último Super Bowl.

Em resumo, os Niners estão determinados a provar que seu ataque não é apenas bonito, mas também vencedor.

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