De quase eliminada a campeã. Neste domingo (11) a seleção da Costa do Marfim saiu perdendo para a Nigéria na eta inicial, mas, empurrada pelos milhares de torcedores no estádio Olímpico de Abidjan, os Elefantes buscaram a virada no 2º tempo com gol de Sebastian Haller e se sagraram campeões da edição de 2024 da Copa Africana de Nações, da qual foi o país-sede.
Foi a terceira conquista marfinense, repetindo os feitos de 2015 e 1992, se igualando à própria Nigéria em número de taças. O maior campeão é o Egito, com sete troféus. A campanha coroa uma reação obtida após a fase de grupos, quando chegou a ser goleada pela Guiné Equatorial e se classificou em terceiro em seu grupo, garantindo lugar no mata-mata no saldo de gols.
Na base da resiliência
Nas oitavas de final, a Costa do Marfim eliminou Senegal, então atual campeão, nos pênaltis, após gol salvador de Franck Kessie nos minutos finais para empatar o jogo no tempo normal. Nas quartas, nova vitória além dos 90 minutos, onde Simon Adingra marcou também no finalzinho o gol que forçou a prorrogação. No tempo extra, foi a vez de Oumar Diakité ser o heroi ao anotar aos 120 minutos o tento que garantiu os Elefantes nas semis.
Nas semis, um pouco menos de emoção, já que Haller marcou o único gol da vitória sobre a República Democrática do Congo. Assim, só foi fazer história neste domingo.
O jogo
Como foi ao longo da campanha, os marfinenses tiveram que mostrar poder de reação depois que, aos 38 minutos, Trrost-Ekong aproveitou o escanteio para subir mais alto que a zaga e testar firme para abrir o placar para a Nigéria. Na etapa final, a Costa de Marfim acuou as Super Águias em seu campo e pressionou bastante, mas só igualaria as coisas aos 18, também após escanteio onde Kessie cabeceou à queima-roupa para deixar 1×1 no marcador.
Aos 36, nova jogada aérea definiu a virada. Em bola alçada de Adingra, Haller apareceu com liberdade para mandar um chute preciso no ângulo direto do goleiro Nwabal. Virada para explodir em festa os torcedores e premiar a recuperação do atacante do Borussia Dortmund, que enfrentou um tumor nos testículos em 2022 e que ameaçou sua continuidade no futebol em meio ao agressivo tratamento quimioterápico. Um digno final de competição para os bravos marfinenses.