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Confira como foi o último dia de trocas na NFL

(por Nilton Sérgio)A aproximação do prazo final de trocas da NFL foi insana. E o último dia não poderia ser diferente. As horas finais tiveram duas “blockbuster trades” e uma trapalhada que impediu uma terceira que também daria o que falar nos círculos da NFL.O dia começou com a notícia de que o Miami Dolphins havia mandado o RB Jay Ajayi para o Philapelphia Eagles. A movimentação por si só já seria chocante, se lembrarmos que o corredor é a principal (talvez a única?) arma ofensiva relevante de um time comandando por Jay Cutler/Matt Moore. O preço da troca foi ainda mais surpreendente: uma escolha de quatro round no próximo draft.Pela qualidade e potencial de Ajayi, falar em preço de banana é ser educado. Jogadores escolhidos na quarta rodada são, geralmente, para compor o elenco e não têm a menor garantia de passar a temporada toda nos rosters. A única coisa que pode-se tirar disso é que o técnico do Miami, Adam Gase, queria mandar uma mensagem ao time (havia rumores de problemas no vestiário com Ajayi) e esgotou toda sua paciência com as performances pífias de seu ataque.O Philaldephia claramente “ganhou” a troca porque cedeu um pick baixo por um jogador claramente talentoso, ainda que sem saber se ele dará certo no time. Um elenco forte ficou ainda melhor e pronto para fazer uma escalada ao Super Bowl agora.Horas depois, foi a vez do GM do Carolina Panthers, Marty Hurney, mandar embora uma de suas principais armas ofensivas: o WR Kelvin Benjamin. Igualmente chocante, porque se tratava do principal jogador do time sem ter o nome “Cam Newton”.O preço foi um pouco mais salgado. Escolhas de terceira e sétima rodadas do Buffalo Bills, time que claramente precisava de um recebedor como Benjamin. E a desculpa oficial foi pouco convicente: Hurney prefere recebedores mais rápidos e não altos como Benjamin, sendo que os Panthers já contam com o WR Devin Funchess com esta característica e salário menor.Cada GM tem a sua preferência e talvez Hurney acredite que recebedores mais ágeis permitam mais variações ao ataque. No entanto, é no mínimo curioso se desfazer de um jogador tão valioso no meio de uma temporada em que o time ainda está na luta pela AFC Sul e encontrando dificuldades para se encontrar no ataque. Só o tempo dirá se foram os Bills ou os Panthers que “ganharam” a troca.Para terminar o dia, os Browns fizeram questão de mudar o enredo de sua temporada, de tragédia para comédia. Ao final do prazo, vazou para o mundo que o time havia acertado de mandar escolhas de segunda e terceira rodadas de 2018 para o Cincinatti Bengals em troca do QB reserva AJ McCarron.O problema é que os Browns simplesmente perderam o prazo e não mandaram a tempo a documentação da troca para a NFL. É isso mesmo que você leu…PERDERAM O HORÁRIO PARA MANDAR PAPÉIS…Caro leitor, se você já perdeu algum compromisso, inscrição ou prova por atraso, sabe a sensação. Imagine uma franquia da NFL, que conta com centenas de funcionários, gerentes, contínuos, secretárias….Os times chegaram a trocar acusações sobre a patacoada. Ha quem diga que os Browns haviam pedido para os Bengals mandar tudo (o que não é usual nas trocas) e surgiu até a explicação de que um email perdido na caixa de Cincinatti foi determinante. Nada disso realmente importa.Paridade é a única constante da NFL. Um time pode ser sensacional em uma década e desastroso na outra (exemplo disso é a dominância dos Patriots após décadas de irrelevância e a atual miséria do vencedor de cinco Super Bowls, San Francisco 49ers). Mas, este é o tipo de fato que demonstra porque os Browns nunca saem do porão da liga. Num esporte tão profissional e competitivo como o futebol americano, com bilhões de dólares circulando, não há espaço para tanto amadorismo e negligência de qualquer front office.

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