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Futebol

Análise Playmaker Brasil dos grupos da Copa do Mundo: Grupo C

(por Matheus Correia)O Grupo C é mais um grupo em que a grande seleção não deverá encontrar problemas para conquistar a liderança. A Argentina chega no Catar como uma das principais favoritas, jogando um futebol de nota artística e com um dos melhores atletas da história do esporte em seu elenco, que se encontra na busca do único troféu ausente em sua prateleira. Por isso, não deve ter dificuldade alguma na fase de grupos. A grande questão do Grupo C será o segundo lugar, que muito provavelmente será disputado por Polônia e México. São duas seleções de nível muito parecido, mas apenas uma delas possui um dos melhores centroavantes da atualidade em seu elenco. Por fim, a seleção lanterna é quase certa: a Arábia Saudita, considerada por muitos como a pior seleção de toda a competição. Confira a seguir a análise do time de cada um dos país do Grupo C da Copa do Mundo no Catar: Argentina (Previsão: 1ª colocada) Diferente das últimas três Copas, a Argentina não chega à competição como uma das favoritas somente pelo “fator Messi”. A seleção deixou de ser a bagunça dentro e fora de campo, como foi mostrado em 2018, e resgatou seu bom futebol através de um nome bastante surpreendente: Lionel Scaloni, que era auxiliar na última Copa e foi promovido para treinador principal após a saída de Sampaoli.  É possível afirmar que “La Scaloneta” joga o futebol mais bonito entre todas as seleções da Copa do Mundo. Para melhorar a situação, a albiceleste caiu em um dos grupos mais tranquilos da competição, com duas seleções medianas em má fase e uma que é considerada por muitos a pior do torneio.  Em questão de elenco, a Argentina possui um dos grupos mais técnicos da competição. No ataque, temos a principal referência deste quesito em todo o mundo do futebol: Lionel Messi. Di Maria aparece como um grande articulador e “desafogo” da equipe, enquanto Lautaro Martínez é o jogador mais avançado em campo, oferecendo capacidade física e de finalização. No meio, Scaloni não irá contar com um nome importantíssimo para o setor de criação da equipe: Giovanni Lo Celso, que se lesionou atuando pelo Villarreal e ficará fora da Copa. No entanto, Paredes e Rodrigo De Paul conseguem dar um equilíbrio perfeito ao meio-campo albiceleste ao mesclar suas capacidades ofensivas e defensivas nesta área do campo. A defesa pode parecer frágil, ainda mais quando se vê Otamendi, que fez uma péssima Copa em 2018, entre os titulares. No entanto, o defensor vive uma fase espetacular no Benfica, e tem tudo para formar uma sólida dupla com Cuti Romero, titular incontestável no Tottenham de Conti.  O plantel argentino, nome por nome, pode não ser o mais estrelado da competição. Mas é uma das mais preparadas, taticamente, tecnicamente e principalmente psicologicamente, ainda mais após o fim da seca de títulos ao conquistar a Copa América em 2019.  México (Previsão: Disputa acirrada pela 2ª colocação) Dentre todas as seleções de médio-porte que estarão no Catar, o México provavelmente foi quem teve um dos piores ciclos pré-Copa. O trabalho do treinador Tata Martino tem sido bastante questionado, e entre os convocados, é possível ver a ausência de dois nomes que foram grandes referências para a seleção mexicana nas últimas copas: Chicharito Hernandez e Carlos Vela. Mas isso não descarta o México como possível candidato para o segundo lugar no Grupo C. Aliás, ainda há muita qualidade no elenco. Temos no gol o que é uma das maiores lendas vivas da história das Copas do Mundo: Guillermo Ochoa. No ataque, nomes como Lozano e Raul Jimenez acrescentam muita qualidade, enquanto os experientes Héctor Herrera e Andrés Guardado tomam conta do meio de campo. Disputar a liderança é quase impossível, mas a vitória contra a Arábia Saudita é quase 100% garantida. Por isso, a seleção mexicana precisará fazer de tudo para impedir uma boa atuação de Lewandowski no confronto direto com a Polônia para sonhar em ir para a fase de mata-mata do torneio. Polônia (Previsão: Disputa acirrada pela 2ª colocação) Após uma grande crise no comando técnico no período pré-Copa, a Polônia não chega no Catar com a grande expectativa (não correspondida) que teve em 2018. Trata-se de uma equipe que não é necessariamente dependente de Robert Lewandowski, mas que baseia seu jogo em torno dele. É a única do Grupo C que atua com uma linha de cinco defensores, e é justamente neste setor que o treinador Czesław Michniewicz terá mais dificuldade em lidar. Apesar de boas referências como o goleiro Szczesny e o zagueiro Glik, a defesa polonesa tem muitas dificuldades na saída de bola, além de ser bastante lenta na recomposição. Estes defeitos em um grupo com nomes como Messi, Di Maria, Lautaro, Jimenez e Lozano, podem ser um problema enorme. Já no ataque, a Polônia tem garantia de gols com um dos melhores centroavantes do mundo. O grande problema é fazer com que Lewandowski tenha a oportunidade de fazer esses gols. Zielinski e Szymanski são os responsáveis pelo setor de criação da equipe, mas nenhum apresenta um repertório à altura da qualidade de finalização de Lewa.  A briga da Polônia será pelo segundo lugar, e a seleção de Lewandowski encontrará em sua frente um adversário do mesmo nível, que é o México. Mas assim como “La Tri”, a expectativa é de pouquíssimo sucesso em caso de avanço para o mata-mata. Arábia Saudita (Previsão: 4ª colocação) Muitos analistas apontam a Arábia Saudita como a pior seleção da Copa do Mundo de 2022. E é difícil contestar esta visão. Com pouquíssima experiência internacional em seu plantel (todos os convocados jogam na liga local), a seleção árabe é uma das mais frágeis defensivamente, e no ataque, possui um enorme problema no setor de criação. O treinador Hervé Renard terá de depositar suas fichas nas referências técnicas do elenco: Al Faraj, meia “cerebral” do time, e Al-Dawsari, ponta-esquerda de muito prestígio no Campeonato Árabe e considerado o grande craque da Seleção. 

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