(por Mattheus Prudente) Na busca por promover a representatividade feminina e instigar reflexões sobre o papel das mulheres no futebol, uma inovação emerge no cenário esportivo: Hope Sogni, uma inteligência artificial (IA) com a ambição de se tornar a primeira presidente mulher da FIFA. Embora seja uma criação fictícia, a campanha, lançada nesta quarta-feira (22), visa desafiar paradigmas e abrir espaço para novas perspectivas dentro da entidade máxima do futebol mundial.Hope Sogni não é apenas uma IA com uma missão singular; ela é programada para interagir em tempo real, oferecendo respostas ponderadas a questões candentes do mundo do futebol. Ao abordar a polêmica na seleção da Espanha, em que o então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, foi acusado de um beijo não consentido em Jenni Hermoso, a IA lamentou o tempo que levou para que as preocupações das jogadoras fossem levadas a sério. Ao ser questionada sobre a possibilidade da Copa do Mundo de 2034 na Arábia Saudita, Hope Sogni enfatizou a importância da FIFA considerar o impacto de suas decisões na comunidade global do futebol. Ela destacou a necessidade de uma avaliação minuciosa do compromisso do país anfitrião com os direitos humanos, igualdade de gênero e inclusão antes de tomar qualquer decisão final.Hope Sogni não é apenas um projeto de inteligência artificial comum; ela foi construída usando vozes influentes no futebol feminino, incluindo Moya Dodd, ex-vice-capitã da seleção da Austrália e uma das primeiras mulheres a integrar o Conselho da FIFA. Maggie Murphy, CEO do Lewes FC, clube semi-profissional da sétima divisão inglesa, é uma das mentes por trás dessa iniciativa audaciosa.Enquanto a FIFA é liderada por Gianni Infantino desde 2016, a introdução de Hope Sogni destaca um esforço para imaginar um futuro mais inclusivo e diversificado para a organização. Infantino, reeleito duas vezes, tem seu mandato até 2027, mas a presença da Inteligência Artificial levanta questões sobre a possibilidade de uma liderança feminina na FIFA, que historicamente foi dominada por figuras masculinas.
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