(por Rodrigo Rocha)A Federação Marroquina de Futebol está buscando a naturalização de dois jogadores espanhóis com raízes marroquinas: o meio-campista Brahim Díaz, do Real Madrid, e o atacante Lamine Yamal, do Barcelona. A informação pertence ao jornalista Sérgio Santos, do portal Relevo.De acordo com Santos, membros da Federação Marroquina já estão em contato com os jogadores através de suas equipes pessoais. Mais que uma ação esportiva (em ter um time fortalecido com a presença dos atletas de dois dos gigantes europeus), a naturalização de ambos é considerada uma questão de estado.Isso porque o Marrocos deve ser um dos candidatos a sediar a Copa do Mundo de 2030 (ao lado da Espanha), logo, a Federação Marroquina enxerga que a presença dos dois jogadores com origens marroquinas na seleção nacional causará uma enorme repercussão positiva, visto o talento e os clubes pelos quais jogam os dois atletas.A tentativa pela naturalização de Díaz e de Yamal tem ainda a intenção de influenciar futuros atletas que possuem a dupla cidadania (espanhola e marroquina) a escolherem o país africano em vez do europeu. Porém, tanto Yamal quanto Díaz também são alvos da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) para vestirem as cores da Fúria.Situações diferentes, mas semelhantesAos 16 anos, Yamal já é tido como um talento precoce no Barcelona, tanto que Espanha e Marrocos desejam tê-lo em suas seleções. Membros da RFEF foram ao encontro do jovem na Catalunha para convencê-lo a escolher La Roja, e segundo fontes, Yamal deve permanecer na Espanha.Já Brahim Díaz, de 24 anos, é um desejo antigo dos marroquinos. O meia não foi lembrado pelo técnico Luis De la Fuente nas últimas duas listas espanholas, e tal fato é usado como trunfo pela Federação Marroquina para ter o atleta do Real Madrid vestindo vermelho e verde. Contudo, o desejo de Brahim também é defender a Espanha.Momento histórico A Seleção de Marrocos foi a grande sensação da última Copa do Mundo, em 2022. No Mundial do Catar, os marroquinos bateram seleções tradicionais como Bélgica, Espanha e Portugal e conquistaram o inédito e surpreendente quarto lugar.
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