(por Jefferson Castanheira) Rei. Para ser condecorado com tamanho título, um ser humano precisa, antes de tudo, ser dominante perante os obstáculos, ter seus súditos, espalhar sua palavra e seu legado, deixando respeito por onde passa, tornando o país do qual a realeza lidera, um lugar conhecido e reverenciado. Rei Pelé, aos 17 anos, requisitou sua coroa ao ganhar o primeiro título mundial do Brasil. Seis gols na Copa na Suécia, colocando nosso país no mapa, Pelé, antes da realeza, foi diplomata. A nossa camisa amarela passou a salvar vidas, a inspirar pessoas. O Brasil foi colocado no mapa do mundo em apenas 12 anos, com Pelé, Garrincha, Zagallo e outros grandes nomes do nosso futebol.Futebol foi inventado por Charles Miller, mas Pelé é que ensinou o mundo todo como se joga. Qualquer drible, jogada, chute, lance realizado hoje, Pelé fez primeiro. Nosso Rei e, como disse acima, Diplomata, conseguiu parar uma guerra na Nigéria, em que ambos os lados combatentes declararam paz para poder reverenciar o eterno camisa 10 jogar bola entre eles. Pelé foi muito maior que todos os expressivos números. Foi eleito atleta do século XX, e olha que tivemos Michael Jordan, Muhammad Ali, Ayrton Senna, Babe Ruth e outros tantos gênios de outras modalidades. Mas foi Pelé.E toda monarquia tem polêmicas. Para o povo, era Pelé. Para sua vida pessoal, era Edson, que apesar de um ícone absolutamente fantástico da nossa história brasileira, possui grandes controvérsias. E estas agora serão julgadas e resolvidas no plano do além vida, independente da religião que você acredita. Por aqui, para nós, o Rei foi quem queria ser. Lenda. Maior de todos. Representante máximo de uma nação apaixonada por competições e por vencer.Pelé nos colocou no mapa do mundo. Brasil é sinônimo de Pelé. De um jovem preto que encantou o mundo e nos apresentou ao globo. De um talento que não se descreve. É apenas, Pelé.Para todos os esportes, existe o Pelé deles. “Qual é o Pelé do basquete? Quem é o Pelé da natação?”. Sempre usam esse exemplo pra descrever alguém dominante, vitorioso, um literal Rei de sua função desportiva. Ele pode ter sido destronado da vida, algo que tem data final, validade, que segue um ciclo irremediável que termina na morte. Mas, a Coroa e o Trono seguirão lembrados. Assim como se recordam de Luiz XV, Jorge III, Henrique IV, Catarina II, entre outros O mundo lembrará de Rei Pelé. E sem o “I” que significa primeiro. Pois, para ter primeiro, tem de haver segundo, terceiro e por aí vai. Rei Pelé é só um. Não tem sucessor. A Coroa e o legado perpetuarão pela eternidade.Obrigado, Rei Pelé.
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