i 115
Tenis

Wimbledon 2023: Quem pode surpreender entre as melhores da WTA

(por João Vitor Nascimento)Vocês pediram, e hoje trazemos as cinco atletas que não estão tão cotadas pela mídia, mas que podem aprontar na grama inglesa de Wimbledon. 5) Katie Boulter (Inglaterra) Embora, ainda não seja tão conhecida por aí, a britânica de 26 anos conseguiu avançar de fase no ano passado, e, já neste ano, conquistou seu primeiro título profissional, ao bater a também britânica Jodie Burrage na final do WTA 250 de Nottingham (também na grama. Boulter pode surpreender com seu bom backhand reto, e sua atitude mais tranquila. Além de, claro, jogar em casa, e ser empurrada pela torcida inglesa. Prós: Usa golpes mais retos (o que é bom para a grama), se movimenta bem, e tem uma calma de se admirar. A fase é boa. Contras: Não é tão acostumada a jogar os grandes torneios. Apesar da idade, é inexperiente contra os grandes nomes do esporte. Por esses fatos, Katie Boulter não aparece aqui por poder ser campeã, mas sim, por ser capaz de dar trabalho a quem enfrentar. 4) Beatriz Haddad Maia (Brasil) Após atingir o melhor resultado em Grand Slams, no mês passado, a paulista conseguiu, pela primeira vez na carreira, atingir o Top 10 do ranking mundial.  A semifinal feita em Roland Garros fez muito bem, não só para ela, mas para o tênis brasileiro em si. Mas, saibamos que nem só de terra batida vivia Beatriz Haddad Maia. Embora não tenha feito muito na temporada de grama desse ano, Maia venceu dois títulos no mesmo período em 2022. Ela vem a Wimbledon parecendo ter perdido sua “trava de Majors”, que parecia ter antes do Aberto da França. Prós: Já mostrou que sabe jogar na grama. Vive bom momento, mas ainda não mostrou o que sabe na superfície este ano. Wimbledo, é uma boa chance para ir longe de novo, e voltar ao Top 10. Contras: Abandonou Eastbourne após sentir uma lesão antiga. Além disso, tem o estigma de sempre jogar mal quando chega com uma grande expectativa, em um Slam. Cabe a ela quebrar a escrita. 3) Jelena Ostapenko (Letônia) Jelena Ostapenko, sozinha, já merece um artigo para chamar de seu (que farei um dia). Mas a verdade é que a letã vem aí, e, desta vez, com o momento ao seu lado. Vindo de uma bela conquista no WTA 500 de Birmingham, contra uma adversária no Top 10, Jelena busca se reerguer, e voltar às cabeças do ranking mundial. Atualmente na 17ª posição, Ostapenko tem a fase, e principalmente, a bola necessária, para ter sucesso em Wimbledon este ano. Sempre é muito interessante ver Jelena jogar. Dentro de quadra, e também nas entrevistas pós-jogo. Prós: É uma excelente tenista, com ótimas qualidades mecânicas e técnicas, que já a fizeram ser campeã de um Grand Slam, e continuam a fazendo se destacar contra a maioria, sendo sempre uma ameaça a qualquer uma. Muita gente critica seu recente ganho de peso, mas isso já se mostrou não ser um problema para ela. Contras: Como gosta de dizer uma conhecida do autor: Ostapenko é de lua. A letã é sempre uma incógnita chegando nas grandes competições, pois nunca se sabe como ela chega para jogar. Essas nuvens no horizonte fazem com que haja chances iguais de ela ir bem longe, ou de cair vergonhosamente no começo da caminhada. É conhecida por ser bem reclamona, quando algo não lhe agrada: Seja a arbitragem, alguma coisa que as adversárias fazem, ou as condições da quadra. Da última vez, até da veracidade do VAR Ostapenko duvidou! Ela vai sempre ter algo a dizer sobre alguma coisa, dentro e fora de jogo. Só nos resta aguardar, para ver a próxima peripécia de Jelena Ostapenko. 2) Cori Gauff (Estados Unidos) A atual número 7 do mundo, tem tudo para ser uma multi vencedora no tênis.  Uma jogadora completa, que apesar de ser uma ótima saibrista (na opinião do autor), se adapta bem a qualquer piso, com facilidade. É um talento que precisa ser lapidado para o futuro. Gauff é jovem, e tem muito a dar. Possui qualidades que se destacam no jogo de grama, como mobilidade e precisão nos voleios (agradeça a Patrick Mouratoglou, por isso). Prós: Define bem seus pontos na rede, além de ter boa potência na linha de base. Ótimas características para a grama, que a fazem ser uma boa desafiante à coroa de Elena Rybakina (de quem já ganhou em outras situações). Contras: Tem problemas para jogar sob pressão. Costuma se dar mal, quando está perdendo, deixando sua mente levá-la a fazer loucuras desnecessárias. Não vem tendo um bom 2023. 1) Victoria Azarenka (Bielorússia) Uma verdadeira lenda do esporte, Azarenka já escreveu seu nome na história do tênis. Antiga número 1 do mundo, e campeã de muitos torneios da mais alta grandeza, e finalista de outros vários, a bielorrussa não tem mais nada a provar para ninguém A bela campanha no Australian Open serviu para relembrar ao mundo que ela ainda está aí. Além disso, teve bons resultados em Miami e Indian Wells. Está em crescente, querendo voltar aos tempos áureos, em que esteve no topo da montanha do tênis mundial. Prós: Das presentes nessa lista, é a que conhece melhor o torneio. Sendo duas vezes semifinalista (mais sobre isso depois). Ainda possui aquela qualidade de sempre, mesmo aos 33 anos de idade.  É mais um grande exemplo de que é sim possível voltar ao circuito, e ter êxito, após a licença maternidade. Ah, e desta vez, não tem nenhuma Serena Williams no caminho, e o fato de Petra Kvitova estar só do outro lado da chave (inviabilizando um encontro precoce), aumentam suas chances. Contras: Estas duas semifinais disputadas foram em 2011 e 2012, e o corpo de Vika já não é mais o mesmo. Após uma gravidez, e diversas lesões, Azarenka não chega mais nas bolas mais distantes com o mesmo vigor de outrora. Até fez uma boa campanha em Madri, mas o resto da gira europeia de saibro foi um fiasco. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *