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Paramount volta atrás em abrir mão dos direitos de transmissão da Libertadores

A Paramount desistiu de abrir mão dos direitos de transmissão da Copa Libertadores da América e da Copa Sul-Americana. Devido ao baixo retorno financeiro no continente, exceto no Brasil e na Argentina, a companhia vivia um momento bem ruim no quesito monetário.

Desde o mês de abril, como foi informado pela Folha de S. Paulo, a empresa americana procurava opções para abdicar do pacote que lhe era de direito, mas isso não foi adiante por alguns motivos: o primeiro deles é a falta de interessados no pacote que pertencia a Paramount, que é o das segundas escolhas nos jogos em TV paga e streaming; o segundo, e maior de todos, seria a multa a ser paga à Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), caso a americana abdicasse dos direitos.

Segundo a Folha de S. Paulo, os valores chegam a US$ 50 milhões (R$ 270,4 milhões na cotação atual), bem semelhante ao que foi gasto pela Globo por ela ter quebrado o acordo de TV aberta em decorrência da pandemia do coronavírus (COVID-19).

O que se arrecada no Brasil e na Argentina não está sendo suficiente para cobrir o rombo financeiro que há no resto do continente. Para o mesmo ciclo da Paramount, o de 2023-2026, o aplicativo de resultados e notícias esportivas OneFootball havia adquirido os direitos dos highlights de ambas as competições CONMEBOL; porém, se viu obrigado a devolvê-los (isso se aplica a todo o continente, menos no Brasil) visando a contenção de despesas.

Taça da Libertadores, competição transmitida pela Paramount (Foto: CONMEBOL)
Taça da Libertadores, competição transmitida pela Paramount (Foto: CONMEBOL)

Paramount

A crise da consagrada produtora estadunidense está cada vez mais acentuada. Nos balanços divulgados aos acionistas da empresa, o Paramount+ gerou um prejuízo catastrófico: US$ 1,6 bilhão (batendo a casa dos R$ 8,2 bilhões na cotação atual).

Isso fez com que algumas das produções nacionais do serviço de streaming, como A Culpa é do Cabral, Drag Race Brasil, Rio Shore e As Seguidoras fossem excluídas do catálogo da plataforma. As ações na bolsa de valores norte-americana caíram 52% em 12 meses.

(Foto: Reprodução)