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Especial Draft 2018 – Linha Ofensiva

(por Ricardo Menegueli) Principais prospectos: Quenton Nelson(OG), Mike McGlinchey(OT), Isaiah Wynn(OT/OG/C), Kolton Miller(OT), Orlando Brown(OT), Billy Price(OG/C) Nao esquecer de: James Daniels(C), Brian O`Neill(OT) Aqui talvez seja o grande ganha-ganha do draft de 2018. muitos times precisam urgentemente reforçar a sua linha ofensiva, enquanto a classe de 2018 tem muitos talentos que podem e devem ser aproveitados para este ano. O que deve ser levado em consideração diante de tantos talentos passa especialmente pelo psicológico dos atletas: enquanto algumas OLs sofreram com a falta de proteção para seus QBs, outras sentiram com muitos holdings desnecessários e false starts em momentos cruciais das partidas. Com estes fatores, alguns mockups de analistas colocam até seis OLs saindo ainda na primeira rodada.  Temos muitos carregadores de piano em um esporte em que cada time tem 53 jogadores e nem todos serão astros como Tom Brady, Marshawn Lynch ou Aaron Rodgers, mas estes caras precisam ser escolhidos a dedo, pois sem eles, estrelas seriam apenas meros comedores de grama. Além disso, acertar um OL no Draft pode gerar uma bela economia no salary cap e, consequentemente, mais dinheiro disponível para atrair estrelas.  Sobre os prospectos: Quenton Nelson, Notre Dame ct-spt-bears-biggs-quenton-nelson-nd-pro-day-20180322-1.jpg  Talvez seja muito cedo para cravar que Nelson chega pronto, mas o Guard de Notre Dame está muito perto disso. Muitos analistas foram atrás de pistas, pequenos comentários, e há um consenso entre fontes dentro das franquias de que ele é um prospecto de elite e que o OL tem credenciais para iniciar uma carreira rookie já figurando no Pro Bowl em sua primeira temporada. Nelson demonstrou saber atuar em todas as frentes, sendo um ótimo guarda tanto para proteger o QB enquanto faz leituras, quanto para abrir rotas para seus RBs. Muitos atribuem o bom trabalho de DeShone Kizer no college ao grande desempenho de Nelson. Vi alguns highlights e eles só confirmaram isto. Nelson dificilmente chega ao segundo round e todos os especialistas o colocaram no máximo como um top10, portanto, não se surpreendam se Nelson figurar entre as 5 primeiras escolhas. Mike McGlinchey, Notre Dame 841988522.jpg.0.jpg  Sem dúvidas, a grande estrela do College no quesito OL foi Notre Dame. McGlinchey é atletico, inteligente e um bloqueador de muita qualidade. Muitos defensores tiveram dificuldade e quase nenhum êxito em bater Mike, fazendo com que seu nome seja muito bem falado para o Draft de 2018. Alguns analistas apontam que o Tackle mostrou pequenos sinais de inconsistência ao longo da temporada do College, porém, foi notório seu progresso entre 2016 e 2017. McGlinchey foi parte fundamental do potente jogo terrestre de ND ao longo das duas últimas temporadas do futebol americano universitário e isso, sem duvidas, o dará credenciais para sair ainda no primeiro round e certamente chamou atenção de times como Bills, Cardinals e Seahawks. Isaiah Wynn, Georgia uga-football-isaiah-wynn.jpg  Wynn Impressionou boa parte dos olheiros das franquias como um excelente bloqueador para corridas. Alguns sites apontaram que seis franquias o qualificaram como uma pick de final de primeira rodada/inicio de segunda rodada. Wynn bloqueia de forma muito agressiva para corridas, mas tem um pouco de dificuldades ao fazer bloqueios para uma jogada de passe. Apesar de ter jogado boa parte da Season do College como tackle, algumas franquias e seus observadores acreditam que o caminho natural para Wynn seja a conversão em definitivo para Guard ou Center. Como um bom atleta de linha ofensiva da Georgia e um cara que tem muita energia e se dedica, será uma peça interessante para a NFL, pois como todos ja notaram, a determinação conta como fator tão decisivo quanto atributos físicos/mentais. Kolton Miller, UCLA  ea1bdc00-4327-11e8-9c1d-f98983ea564c_KoltonMiller.jpg O bom Tackle figura entre os especialistas como opção entre o final da primeira e o inicio da segunda rodada. Miller tem um porte atlético e muitas franquias estão atrás de um jogador para reforçar sua linha ofensiva, o que significa um bom match para este Draft. Apesar de um prospecto com menos hype que Nelson e McGlinchey, o atleta que representou UCLA foi bem no Combine, e mostrou muita agilidade e capacidades atléticas fora da curva. Os especialistas acreditam que ele se adaptará melhor como Right Tackle, devido a deficiências em caso de rushes para o lado de dentro. O jogador mostrou alguma inconsistência nos seus últimos confrontos como universitário. Orlando Brown, Oklahoma usa_today_10535558.0.jpg Orlando Brown teve um desempenho abaixo do esperado no Combine – 5,85 correndo as 40 jardas e “apenas” 14 repetições no supino. Muitos analistas disseram que, apesar da boa temporada do garoto no College, ele precisa melhorar os atributos físicos. Apesar disto, algumas franquias gostaram das entrevistas com Brown.O atleta é um excelente bloqueador, consistentemente derrubando adversários no chão durante jogadas de corrida. Mas, quando falamos de proteção ao passe, Brown deixa um pouco a desejar e suas deficiências físicas em detrimento aos demais prospectos se refletem durante esse tipo de situação. Tente imaginar, por exemplo, Von Miller correndo contra um cara pesado para efetuar um sack e leve em consideração tudo que estamos falando. O time que contratá-lo terá algum trabalho para faze-lo performar em nível de elite, porém ele deve ser um prospecto de segundo round e, caso algum GM tenha visto algo diferente, uma escolha tardia de primeiro round também não seria nenhum absurdo. Billy Price, Ohio State IMG_0427-1fq0ata.jpg  Muitos olheiros o chamaram de prospecto “acima da media”. Price impressionou alguns avaliadores da NFL, sendo avaliado como “atento, ágil, habilidoso e melhor que a maioria cobrindo espaços”. Existem recursos que afirmam a capacidade do jogador de administrar nose tackles de forma eficiente e esta é uma das características difíceis de encontrar em centers. Vi algumas partidas de Ohio enquanto fazia a análise e acredito que o bom Center/Guard de Ohio State tem credenciais para ser um titular da NFL em breve. Não será nenhuma surpresa inclusive se Price sair na segunda rodada deste Draft. James Daniels, Iowa James-Daniels.jpg  Daniels é um bloqueador eficiente para corridas e competente bloqueando para passes. Apesar dos comentários, o center de Iowa é tido como uma escolha competente. Talvez o atributo de “na media” o suba um pouco nas escolhas, mas ele terá ótimas chances de sair até a terceira rodada. Muitos times já tem seus centers e confiam neles, mas Daniels poderá se tornar um titular na NFL com um ou dois anos de boa preparação e, caso a sua equipe precise de um center com urgência, ele pode ser um bom administrador dos snaps. Assisti poucos tapes do jogador e não o achei impressionante, mas boa parte dos analistas da liga o classificaram como um prospecto interessante e não podemos desabonar isso. Brian O’Neill, Pittsburgh 20171024mfpittsports09-8.jpg  O que mais preocupou os analistas no Combine foi a falta de massa muscular e força de O’Neill em comparação com os principais prospectos. Apesar desta deficiência em alguns atributos, o Tackle de Pittsburgh entregou um bom workout e mostrou muita capacidade atlética. O prospecto é um atleta interessante; no segundo grau ele jogava como Wide Receiver, provável motivo pelo qual seja tão atlético e ágil, além disso, entrou em Pittsburgh como Tight End. Após virar “red shirt”, mudou de posição para tackle e ganhou muito peso. Durante a temporada passada ele teve uma boa seqüência de jogos e se firmou como um bom prospecto, apesar de ser necessário que ganhe força e massa muscular para ingressar na NFL – o que não será um problema devido a alta carga de treinos e especialistas envolvidos nas equipes da liga. Durante o Senior Bowl fica claro que ele precisa, de fato, desse acréscimo físico, já que mobilidade e inteligência o prospecto tem. Podemos classifica-lo também como terceiro round, mas uma pick tardia no segundo round faria sentido, já que apesar dos comentários, ninguém chega pronto da universidade. Se algum general manager souber entender onde essa capacidade atlética aliada com força possa ser útil, ele poderá ser um grande tackle na NFL. A próxima análise será sobre os recebedores. Espero que gostem e um abraço!

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