(por Marcos André)Gostaria de propor um desafio. Pense em um jogo típico de playoff da NFL. Aquele tipo de partida que você consegue imaginar sendo jogada em janeiro. Como ela seria? Teria quais características?A noite de 05 de janeiro de 2019, em Dallas, não deixa dúvidas. Nervosismo. Emoção. Surpresa. Alegria para uns. Fim da linha para outros.Logo de cara, as defesas de Cowboys e Seahawks mostraram o impressionante domínio físico que possuem. Com velocidade assustadora, os principais LBs das duas equipes – Wagner, Smith e Vander Esch – conseguem ir de sideline a sideline. Cobrindo todo o campo, a vida de qualquer QB fica difícil. Pergunte a Wilson ou a Prescott.No primeiro quarto, o placar, tímido, só chegou a três unidades. Depois de um bom drive inicial, Maher chutou um FG que foi respondido no período seguinte por dois chutes de Janikowski. Atrás do placar e com dois minutos restando no primeiro tempo, Prescott conduziu um drive fundamental que terminou com um TD de Gallup a 20 segundos do fim. Mas calma. Ainda tinha tempo para muita coisa.Lockett retornou o kickoff até o meio-campo. Em duas jogadas, os Seahawks estavam em posição de chutar um FG de 58 jardas com Janikowski – o melhor kicker da história da liga em tentativas de longa distância. Mas a tarefa não era fácil nem para ele. O chute foi errado e, de tanta força feita na perna, Janikowski se machucou. Sem conseguir voltar para a segunda etapa, os Seahawks pareciam estar em apuros.Apenas pareciam. Sem chutador, Pete Carroll resolveu ser agressivo. Foi para uma quarta descida longa. Deu certo. Entrou na endzone. Foi para dois pontos. Num passe de mágica, ao término do terceiro período, o placar apontava 14 a 10 para os visitantes. Sob pressão, o ataque de Dallas voltou a campo e entregou a bola a seu melhor jogador. Em nenhum momento, a defesa de Seattle teve resposta para Elliott, que terminou a partida com quase 160 jardas totais.[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”2202″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-8794 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1920″,”height”:”1080″,”alt”:””}}]]O camisa 21 entrou na endzone e, novamente, os Cowboys assumiram a ponta do placar. Nesse momento, a faca e o queijo estavam com os vaqueiros, que logo recuperaram a bola e estavam prestes a matar o jogo. Mas em uma jogada tudo muda. Dak foi interceptado na endzone. No estádio, com mais de 100 mil pessoas, apenas 11 mantiveram a calma: a defesa de Dallas.Parando Russell Wilson novamente, a bola voltou para as mãos de Elliott. Os donos da casa gastaram o máximo de relógio até a jogada mais importante da partida. Em uma terceira pra 14, logo antes do 2 minutes warning, dentro da redzone, Prescott sabia que precisava da conversão. O QB correu. Decolou. E aterrissou exatamente na linha de first down. Logo em seguida, entrou na endzone para basicamente garantir a vitória.Em uma tentativa desesperada, perdendo por 24 a 14 sem timeouts, os Seahawks ainda atravessaram o campo de forma inacreditável. Com um TD rápido, o onside kick era a esperança. Mas não deu. Para os Seahawks, setembro é logo ali. Os Cowboys seguem vivos – e a duas vitórias do Super Bowl.Placar final: Cowboys 24 x 22 Seahawks A nota triste fica para Allen Hurns, que quebrou o tornozelo em uma cena terrível e está fora da temporada. Boa sorte para ele!
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