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NFL

Lamar Jackson joga mal, busca a redenção, mas cai diante da defesa dos Chargers

(por Rafael Lima) Senhoras e senhores, que jogo maluco! O wild card game entre Baltimore Ravens e Los Angeles Chargers teve quase de tudo. Turnovers, show das duas defesas, muitos field goals, erro de field goal, bloqueio de field goal, punt bloqueado, lançamentos espetaculares, técnico teimoso, quarterback com jardas aéreas negativas no terceiro período, touchdowns dos dois lados na mesma jogada, enfim, foi uma partida curiosa, intensa e com um final emocionante.Quem assistiu, viu um embate que foi de 0 a 100km mais rápido que um Bugatti. Agora, se você não viu, posso garantir que o relato abaixo não tem 0,01% de ficção, tudo isso aconteceu num duelo de mata-mata da NFL.A loucura do confronto começou cedo, Baltimore sofreu três fumbles nas suas primeiras cinco jogadas. Se nos dois primeiros, os anfitriões conseguiram recuperar, no terceiro, Adrian Phillips ficou com a bola e o turnover, em ótima posição de campo, resultou em um FG anotado por Mike Badgley (você vai ler muitas vezes este nome nesta resenha).Curiosamente, LA conseguiu abrir 6 a 0 sem conquistar nenhum first down. E quando conquistou, também não foi longe. Mas, depois de mais um turnover do time da casa, com Phillips interceptando Lamar Jackson, o LA Chargers conseguiu sua melhor campanha, mas o resultado final foi outro FG convertido por Badgley. Em outra boa campanha, ele, Mike Badgley, anotou seu quarto field goal, pra fechar o primeiro tempo em 12 a 0 para os californianos.O terceiro período começou com mais um retorno espetacular de Desmond King, dessa vez de 72 jardas, para colocar seu time no campo de ataque. Badgley foi chamado novamente, mas o chute foi bloqueado por Za’Darius Smith. Dando um alento para a torcida local.Com Baltimore precisando virar o jogo, a expectativa era que Joe Flacco, que não é nenhum fora de série, mas tem um braço muito mais preciso que o de Jackson, voltasse do intervalo como titular. Porém, John Harbaugh insistiu em Lamar Jackson e o ataque não deu em nada. Nesta altura da partida, o QB dos Ravens tinha jardas negativas lançadas. [[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”2203″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-8806 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1484″,”height”:”1000″,”alt”:””}}]] Se o ataque não funciona, a defesa tem que fazer a sua parte. Patrick Onwuasor, um monstro no duelo, forçou um fumble de Virgil Green, recuperado por Mosley no campo de ataque dos Ravens. Mas Lamar Jackson continuou inoperante e o time se contentou com um FG de Justin Tucker.A defesa da casa continuou dando show, mantendo os Ravens na partida. Javarious Allen bloqueou o punt de Donnie Jones e colocou o ataque de Baltimore no jogo em belíssima posição de campo. Mas o time foi minado por uma falta infantil. Jackson tentou resolver com as pernas, mas não conseguiu uma primeira descida, deixando Tucker entrar em campo para reduzir a desvantagem dos anfitriões, mas Tucker errou seu primeiro FG em pós-temporada na carreira, frustrando mais uma vez os torcedores locais.O Momento foi para o LA Chargers e, com big play no drive e um TD de Watt rolando no final do terceiro período, os Chargers colocariam três posses de bola na frente, mas a arbitragem não validou o TD. Aí quase uma reviravolta absurda aconteceu. Uma jogada esquisita deixou nas mãos da arbitragem a decisão de um TD, que poderia ser de qualquer um dos lados, pois Melvin Gordon gerou dúvida se fez um TD ou se sofreu um fumble retornado para touchdown por Marlon Humphrey. Os juízes, depois de olharem muito, não deram o TD para nenhum dos dois lados, pois definiram uma quarta descida, já que deu para ver um contato de Eric Weddle em Gordon. Como era na linha de meia jarda, LA arriscou e se deu bem, anotando o TD corrido. Com uma conversão de dois pontos, Rivers encontrou Williams na endzone, para os forasteiros colocarem 20 a 3 no placar.Daí para o fim, ainda tinham algumas insanidades para acontecer. Primeiro, o de praxe, mais um chute certo de Badgley, abrindo 23 a 3. Na sequência, Flacco em campo? Não. Para desespero da torcida dos corvos, Jackson estava de volta ao campo. Só que o QB mais jovem da história da liga a começar uma partida de pós-temporada, finalmente trabalhou bons passes, fazendo o time anotar um touchdown em lançamento longo e lindo para Michael Crabtree.O sistema defensivo dos anfitriões conseguiu forçar o punt dos Chargers e, rapidamente, o ataque da casa voltava à endzone com um passe curto de Jackson para Crabtree novamente (num lance que gerou dúvidas), em uma campanha que teve uma big play espetacular de Lamar Jackson, pegando fogo no final do duelo.A bola voltou para Baltimore com menos de um minuto no relógio, o estádio que passou a maior parte do tempo frustrado, era só esperança, um touchdown daria a classificação para os Ravens. Só que um fumble bizarro de Lamar Jackson, recuperado pelo cruel Melvin Ingram, foi o retrato do jovem quarterback nos três primeiros quartos. Final: Los Angeles Chargers 23-17 Baltimore Ravens [[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”2204″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-8805 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”3306″,”height”:”2204″,”alt”:””}}]] A derrota de Baltimore pode ser explicada em alguns pontos, como o festival de sacks da defesa de LA (Ingram, Bosa e companhia fizeram a festa), a péssima partida com os braços de Lamar Jackson e, principalmente, a teimosia de Harbaugh, que poderia ter dado a chance de Joe Flacco entrar em campo, já que o QB campeão pelo Baltimore Ravens tem mais experiência e precisão nos passes, algo que o ataque dos corvos precisava.Já o Los Angeles Chargers mostrou muito mais equilíbrio entre ataque e defesa e, se não foi brilhante, jogou como deveria contra um adversário que tem um fator campo importante historicamente. Phillip Rivers, o sexto maior QB da história em jardas aéreas lançadas, tem um grande desafio, talvez o maior da carreira, que é derrotar o New England Patriots, de Brady e Belichick, em Foxborough. O jogo é dificílimo, mas uma vitória daria um embalo absurdo para os “Super Chargers”, que se credenciariam ao título da NFL, algo inédito na história do “Los Angeles Chargers of San Diego”, que só conseguiu disputar uma partida de Super Bowl na sua trajetória, em 1995, quando perdeu para o San Francisco 49ers de Steve Young, por 49 a 26.     

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