NFL

A um apagado, mas eterno, amor – Uma carta (fictícia) de Andrew Luck para o futebol americano. 

(por Marcos André)Parece paradoxal. Mas às vezes, a maior prova de amor que podemos dar é saber a hora de partir. É isso que faço hoje – e espero que, aos poucos, você entenda.Ser um atleta de alto nível não é fácil. À primeira vista, isso pode parecer frescura – ou até mesmo fraqueza. Mas te prometo que não é.Nos últimos anos, com tantas lesões, minha vida se tornou um ciclo quase insuportável. Saber que qualquer jogada pode ser a última é desgastante. Ver que meu corpo já não se recupera como antes é assustador. E ter que me submeter a isso mais uma vez, depois de tudo, poderia ser tudo… menos amor.Sobrenomes à parte, sou um cara de sorte por tudo que você me deu. Substituir um ídolo em Indianápolis, em 2012, me ensinou a sonhar alto, mantendo sempre a humildade. Virar aquela partida contra os Chiefs, em 2014, me ensinou que nada dura para sempre – nem mesmo uma desvantagem de 28 pontos. E ser eleito ‘a maior volta por cima’ da liga, no ano passado, me ensinou a importância de ter coragem.Não nego. Para jogar na NFL, você precisa sim ser um homem de coragem. Para saber a hora de parar, você precisa ser um homem.Obrigado por tudo – e saiba que ainda te amo.

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