GettyImages 1083417450
NFL

Nunca foi sorte – O que aprender com a aposentadoria de Andrew Luck

(por Henrique Rodrigues) Começou setembro, daqui a pouco volta a NFL, e, mesmo que seja atrasado, falta falar algumas coisas da aposentadoria do ex-Colt. Luck entrou em um seleto grupo ainda antes do Draft. É considerado, junto com Peyton Manning e John Elway, o quarterback mais pronto a sair da faculdade, talvez sendo o mais pronto entre os três. Ele levou os Colts aos playoffs em suas três primeiras temporadas, com direito à uma temporada de 4761 jardas e 40 TDs em 2014, além de uma das maiores viradas da história da pós-temporada contra os Chiefs, também em 2014. Em suas temporadas saudáveis, Luck só não jogou em janeiro em 2016, tendo recorde de 4-4 no mês. Isso é só para dar contexto à uma das aposentadorias mais chocantes nos 100 anos da liga. O legado que ele deixa, é, na verdade, uma lição para todos os times. Não adianta ter um jogador como Luck under center e negligenciar sua proteção. Em toda a sua carreira, ele sofreu 174 sacks. Se dividirmos esse número pelos seus 86 jogos de temporada regular, da uma média um pouco superior a dois por jogo, tirando as porradas que não foram sacks. Esses números culminaram em todas as lesões que sofreu durante a sua curta carreira.A partir de 2015, Luck sofreu uma torção no ombro – mesma lesão que o tirou de campo em 2017 – e rompeu a cartilagem de duas costelas. ISSO NO MESMO JOGO. Ainda em 2015, ele teve o rim dilacerado após um jogo contra os Broncos. Em 2016, ficou fora do último jogo com uma concussão e não jogou em 2017 por uma lesão não tratada direito no ombro que fora sofrida em 2015 (!!). Luck foi vítima de uma gerência de time que não se importou em proteger o seu corpo ainda no começo de sua carreira. Mesmo os esforços recentes de Chris Ballard para melhorar a linha ofensiva do time não foram suficientes – o corpo e, principalmente, a mente, de Andrew Luck não aguentavam mais.Essa situação é um grande sinal de alerta para times como Houston Texans, Arizona Cardinals e Miami Dolphins, principalmente. Ainda mais para os Texans, que já viram isso acontecer antes. David Carr, irmão mais velho de Derek e primeira escolha da história da franquia, também foi forçado a se aposentar por lesões. Não adianta nada ter um jovem e promissor QB se ele apanha constantemente. Deshaun Watson foi o mais sackado de 2018 e já machucou o joelho uma vez. Os Dolphins acabaram de trocar o melhor jogador que tinham na OL – para os Texans, por sinal -, e os Cardinals, que já tinham dado uma péssima linha para Josh Rosen ano passado, trocaram Rosen por Kyler Murray na posição e não melhoraram a proteção do calouro.Esses são apenas os times mais preocupantes e com quarterbacks jovens no elenco, mas isso se aplica à outros times também, como os Vikings e os Seahawks.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *