NBA

Participamos da conferência de imprensa com Dwane Casey e Andre Drummond do Detroit Pistons, Confira o que eles disseram

(por Eduardo Schachnik) Honesto e simpático Dwane Casey fala sobre suas ex-equipes e ex-comandados enquanto se prepara para enfrentar os Mavericks na Cidade do México.A NBA continua seu projeto de expansão global e, assim como a NFL, tem investido pesado no seu vizinho: o México. O país latino não compartilha a língua dos que estão associados à liga (EUA e Canadá), mas não fica atrás no amor pelo basquete e pela NBA. Tal interesse, aliado à proximidade e a grande população torna o México um mercado promissor.O México é o país que mais recebeu jogos da NBA, seguido pela China, que recentemente entrou em conflito com a liga, e pelo Reino Unido. Desde 1992 a Cidade do México já recebeu 28 jogos da NBA (entre temporada regular e pré-temporada) e esse ano sediará 2 jogos: Dallas Mavericks x Detroit Pistons (12 de dezembro) e San Antonio Spurs x Phoenix Suns (14 de dezembro). Será a quarta temporada seguida que a NBA mandará jogos no país, entretanto será a primeira vez que quatro times diferentes jogarão lá em uma mesma temporada.Os Pistons parecem o time mais deslocado dentre os escalados para jogar, pois geograficamente é o único situado em um estado que não faz fronteira com o país. Michigan fica bem ao norte dos EUA, enquanto Dallas e San Antonio são cidades texanas, estado que inclusive já pertenceu ao México. Por fim, os Suns, do Arizona, estão acostumados ao ambiente, afinal mandaram dois jogos da última temporada na Cidade do México.Nessa segunda, 02 de Dezembro, o jogador Andre Drummond e o técnico Dwane Casey do Detroit Pistons participaram de uma coletiva a respeito do jogo “do outro lado do muro”. Os dois se mostraram animados em participar do evento no México, elogiaram a cultura do povo e o amor pelo basquete. O coach Casey chegou a dizer que a Cidade do México seria uma ótima opção para expandir a NBA, alocando lá uma nova franquia.Duas coisas preocupam os entrevistados: para Drummond a altitude (2.250m) é um item que inspira cuidado, mas ele confia na preparação do time e garante que estarão adaptados quando o jogo acontecer. Dwane Casey, por outro lado, já está quebrando a cabeça com o time adversário, o treinador disse estar muito empolgado por jogar no México e enfrentar o Dallas Mavericks, porém disse, em tom jocoso, não estar empolgado com a ideia de enfrentar Luka Doncic e Kristaps Porzingis. Casey chegou a comparar Doncic com Magic Johnson e John Stockton pela forma como enxerga a quadra e cria jogadas passando a bola.  7bb2f135-21a5-499b-8a23-e87b12b50200-3-pistons-intro503.jpg  Casey tem ótimas lembranças de Dallas, pois era assistente técnico quando a equipe foi campeã em 2011, ocasião em que recebeu os créditos por montar um esquema que parasse LeBron James e o “big three” de Miami. O técnico dos Pistons disse que tem um carinho especial por todos da franquia texana, citando o dono Mark Cuban, a lenda Dirk Nowitzki e, principalmente, o coach Rick Carlisle, que foi o seu mentor na passagem pelos Mavericks.Ao falar sobre seu ex-time, Casey não poupou elogios a J.J. Barea, único jogador remanescente do time campeão. Segundo o coach, Barea é um jogador que trilhou seu próprio caminho na NBA mesmo quando ninguém acreditava nele e foi peça fundamental para a conquista do campeonato em 2011. O assunto de jogadores latinos interessava aos repórteres e Andre Drummond, quando perguntado, também mostrou admiração, citando especialmente Manu Ginobili como aquele que abriu as fronteiras.Também não faltaram perguntas e comparações com o Toronto Raptors (time que Casey treinou entre 2011 e 2018). Com muita tranquilidade, o treinador pontuou que os Pistons estão em um momento diferente dos Raptors, uma vez que são um time em formação e que seu trabalho em Toronto levou 7 anos para dar frutos, de forma que ele tenta repetir a fórmula em Detroit.Ainda sobre seu ex-time, Paskal Siakam foi outro ponto de interesse e, com a mais completa honestidade, Dwane Casey afirmou que não acreditava que o camaronês se transformaria no jogador que é hoje. O treinador o elogiou bastante, disse que acreditava no potencial de Siakam para ser um bom titular, mas que o desenvolvimento do atleta surpreendeu a todos na franquia.Quando o assunto se tornou o próprio Detroit Pistons, Casey citou as lesões que tem prejudicado a franquia, sem usar isso como desculpa, dentre elas deu mais importância à lesão de Reggie Jackson, pois o PG (point guard) é uma posição essencial no basquete. Questionado sobre Derrick Rose começar os jogos no banco, Casey, novamente com muita classe, deixou claro que pela idade e histórico do jogador são necessários cuidados com sua “durabilidade” e que não importa quem começa o jogo, mas quem acaba em quadra.Por fim, o coach lembrou que os Bad Boys de Detroit já fizeram uma partida no México e tratou de ressaltar que seu time não chega perto daquela equipe lendária, mas que pretende avivar a lembrança em relação à franquia e trazer a torcida para o seu lado. No mesmo tom, Andre Drummond disse que o jogo não tem um mandante e espera jogar bem para que a torcida venha a seu favor.

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