(por Marcos André)Às vezes, uma realidade concreta nada mais é do que filha de sua própria negação. O frio só existe quando falta calor. A escuridão nada mais é do que a ausência de luz.Durante muito tempo, considerei a realidade como a ausência da perfeição. O Super Bowl XLVI me mostrou que estava errado. A três minutos e quarenta e quatro segundos do fim da partida, Eli Manning tinha como missão repetir o passado. Mais uma vez, cabia ao irmão mais novo da família superar o principal rival do mais velho, justamente na cidade em que Peyton fez do impossível uma rotina.Com um passe milimétrico, que pousou no único espaço possível entre a marcação dupla do cornerback e do safety dos Patriots, Eli fez história. De novo. Mario Manningham, marcado por dois jogadores, limitado pela sideline e em frente aos olhos de Bill Belichick, segurou a bola de forma inexplicável, enquanto equilibrava seus dois pés dentro de campo.https://www.youtube.com/watch?v=fz3pO7-JtTsPoucos minutos antes, o técnico dos Patriots tinha feito um pedido para seus defensores. ‘Reforcem a marcação no Cruz e no Nicks. Forcem eles a lançarem a bola pro Manningham’. As palavras têm força.Belichick ainda, em uma tentativa final de evitar o inevitável, lançou a flanela vermelha desafiando a marcação. Enquanto o replay era transmitido no telão, o silêncio do nervosismo tomou conta do Lucas Oil Stadium. Será que Manningham segurou mesmo a bola? Não é possível. Um pé em campo. O outro também. Controle de bola. 39 jardas uniram realidade e perfeição.
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Grandes Jogadas Do Super Bowl – Eli Manning e a história repetida
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