Nesta terça-feira (27), o Brasil empatou com a Espanha por 3 a 3 no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri. Os gols espanhóis foram marcados por Rodri (2) e ambos de pênalti), e Dani Olmo. Já os brasileiros foram marcados por Rodrygo, Endrick e Lucas Paquetá, o último, de pênalti.
Em um jogo marcado pelo protagonismo da luta antirracista, devido aos recentes casos de preconceito sofridas pelo craque Vinícius Júnior, que estava na partida, a seleção comandada por Dorival Júnior buscou repetir o bom jogo feito contra a Inglaterra no último sábado (23). Porém, encontrou bastante dificuldade com os espanhóis e sofreu logo de cara dois gols no primeiro tempo, mas encontrou forças para se recuperar e buscou o empate, literalmente, até o fim.
Primeiro pênalti “imaginário” e iminência de derrota
O primeiro tempo começou com a seleção jogando bem, porém, os espanhóis conseguiam desarmar fácil todas as jogadas, até que aos 9 minutos, em um lance que João Gomes nem tocou em Lamine Yamal, que caiu sozinho, o juiz marcou o primeiro pênalti para a Espanha, marcando a primeira polêmica da partida. Como a mesma não tinha o recurso de Árbitro de Vídeo (VAR), o lance seguiu, com a conversão de Rodri para o primeiro gol, 1 a 0.
Os brasileiros tentaram a primeira etapa quase toda, mas sempre parava na mão de Unai Simón, até que aos 35 minutos, Dani Olmo aproveita o bom passe de Yamal e a caneta em Beraldo e marca 2 a 0 para os espanhóis. Foi o suficiente para a remontada brasileira.
Apesar de duas bombas, em dois minutos o Brasil busca a reversão, com Rodrygo aproveitando a falha de Simón, que converte para o primeiro gol brasileiro, 2 a 1, indo para o intervalo desta forma.
Remontada do Brasil e segundo tempo agitado
O segundo tempo veio com ótimas oportunidades para o Brasil, com diversas chances de gol o tempo todo, mas não demorou muito, pois ele veio aos 4 minutos com o garoto Endrick, que aproveitou a falha da defesa adversária após escanteio de Andréas Pereira e de primeira, fez um golaço, 2 a 2. Pouco tempo depois, a promessa brasileira dá um susto na torcida após sentir a perna direita, mas felizmente, não foi nada grave e voltou a partida.
E os brasileiros seguiram tentando com muitas chances perdidas com defesas de Simon e chutes para fora. Os adversários também tentaram, mas também sem sucesso. Quando faltando 6 minutos para acabar a partida, Carvajal cai sozinho encostando em Beraldo, marcando mais um pênalti imaginário para a Espanha, deixando até mesmo as equipes de transmissão revoltadas com tamanho cinismo do lance. Porém, Rodri, de novo, fez o gol, 3 a 2.
Mas pensou que a Seleção abaixou a cabeça? Pensou errado! Mesmo com o relógio contra a seleção canarinho, ainda teve tempo do recém-estreado Galeno fazer um lance decisivo no jogo, quando aos 49 minutos, Carvajal, sim, o que gerou o tal “pênalti” espanhol, derrubou o maranhense, marcando então uma penalidade a favor do Brasil. Quem se encarregou de fazer o empate, foi Lucas Paquetá, que na simplicidade, colocou água no chope dos espanhóis.
FT: Espanha 3-3 Brasil
Análise final
Um empate, em meio às polêmicas, com gosto de vitória para o Brasil, que agora foca nos próximos compromissos, no dia 08 de Junho, contra o México, e dia 12 do mesmo mês, contra os Estados Unidos, com um aspecto de um trabalho bem feito e com pouca coisa a mudar. Destaque para Endrick, que foi essencial nas duas partidas e foi bastante estratégico em cada lance. As mudanças geradas por Dorival, deram outra cara ao time que buscou raça e lutou até o fim. Vence o bom futebol, vence a diversidade, vence o bom senso.
(Foto: André Durão/GE)
