O Corinthians apresentou nesta segunda-feira à imprensa e ao Conselho Deliberativo do clube seu balanço orçamentário do ano de 2023, e apesar de comemorar o aumento de arrecadação, também se preocupa com a alta do endividamento. Tendo fechado o ano passado com um superávit estimado em R$ 1,2 milhão, último ano de gestão do presidente Duílio Monteiro Alves, o Timão também apresentou um déficit orçamentário com relação a Neo Química Arena, totalizando R$ 49,8 milhões em dívida, considerado os juros pagos à Caixa Econômica Federal.
Segundo apresentação do balanço financeiro a membros do Conselho Deliberativo, o Corinthians fechou 2023 com um saldo positivo de R$ 1 bilhão em faturamento, quando consideradas as receitas brutas do clube e da Neo Química Arena, contabilizando um recorde na história corintiana. Porém, o relatório traz que ao mesmo tempo que o faturamento evoluiu, a dívida bruta também cresceu, e está estimada em R$ 1,96 bilhão, somados R$ 1,26 bilhão do clube, e R$ 703 milhões do financiamento do estádio com a Caixa.
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Durante o evento, a atual diretoria corintiana, comandada por Augusto Melo, também apresentou aos conselheiros o endividamento do clube considerando cálculos adotados pela gestão passada. Seguindo esses métodos, o saldo devedor do Corinthians é estimado em R$ 1,58 bilhão.
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Panorama das finanças do Corinthians em 2023
Além de apresentar o aumento de arrecadação e da dívida do clube, o Corinthians trouxe aos conselheiros de onde têm saído sua principal receita. Os direitos de transmissão dos jogos do Timão na TV seguem à frente, seguidos pela transferências de atletas do elenco, como o zagueiro Murillo, os meias Gabriel Pereira e Adson, o lateral-esquerdo Lucas Piton, entre outros jogadores.
A arrecadação corintiana, apesar da alta, ainda é considerada inferior à prevista pelo orçamento alvinegro. Segundo revisão orçamentária realizada em outubro passado, o Corinthians tinha como meta, terminar na décima colocação do último Brasileiro, porém, terminou em 13º lugar. Junto deste imprevisto em campo, o orçamento do Timão também registrou um furo na questão de patrocinadores, onde teve o patrocínio da barra frontal da camisa fechada ao final da temporada, e consequentemente, um valor inferior ao planejado.
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Junto do aumento de receita, sequente desde a pandemia de COVID-19, o Corinthians passou a gastar mais com despesas, sendo sua principal despesa o custo de pessoal. Salários, direitos de imagem e demais encargos, como pagamento de funcionários diretos e indiretos, totalizam R$ 398,4 milhões em 2023. O endividamento alvinegro é considerado alto pela crescente da taxa de juros brasileira nos últimos anos, o que gerou o aumento das despesas do Timão, sobretudo em juros, no qual já foram desembolsados R$ 126,9 milhões.
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O balanço financeiro de 2023 apresentado ontem, agora passa por votação dos órgãos de controle administrativo do Corinthians: Conselho Fiscal, Conselho de Orientação e Conselho Deliberativo. Mediante lei, o documento precisa ser publicado até o final de abril.
