O goleiro do Cruzeiro Rafael Cabral, concedeu longa entrevista coletiva após o empate da equipe contra o Alianza Petrolera (BOL) por 3 a 3 e pediu desculpas aos companheiros e torcedores cruzeirenses, que o vaiaram desde o aquecimento da partida válida pela Copa Sul-Americana. O arqueiro celeste ainda entregou à comissão técnica a sua titularidade na equipe, e garantiu que as vaias iniciais não pesaram emocionalmente em seu desempenho.
Durante a sonora pós-jogo na zona mista do Mineirão, Rafael Cabral afirmou que errou tecnicamente, e que o empate celeste, após o Cruzeiro abrir 3 a 0 no primeiro tempo, é de total responsabilidade sua, e que as vaias, apesar de merecidas por ele, não desestabilizaram a equipe. Além das vaias direcionadas ao goleiro titular, a torcida cruzeirense gritou pelo nome de seu reserva, Anderson, que é o segundo na linha sucessória do gol da Raposa.
Questionado sobre a possibilidade de deixar o gol do Cruzeiro após as falhas, Rafael Cabral colocou sua titularidade à disposição da comissão técnica, que estreou na noite de ontem o treinador Fernando Seabra. O arqueiro celeste está no clube desde 2022, quando chegou para substituir Fábio, ídolo cruzeirense que deixou o time após mais de uma década como titular na meta, e moveu uma ação judicial contra a SAF do Cruzeiro. De lá pra cá, assumiu a responsabilidade e é um dos líderes do atual elenco, tendo sido capitão da equipe na última temporada.
Aspas de Rafael Cabral após o empate do Cruzeiro na Sula
“Foi uma falha técnica. Não é a primeira vez que recebo vaias na carreira. Errei tecnicamente, prejudiquei a equipe e assumo a responsabilidade total disso. Fizemos um excelente primeiro tempo, o objetivo era manter e fazer mais gols. Realmente, a minha falha acabou desestabilizando, não tem nada a ver com as vaias que vinha sofrendo, de coração. Aceito, merecia. Assumo a responsabilidade.”
“Não me afeta (a vaia), mas, ao mesmo tempo, eu estou aqui para ajudar. Se em algum momento sentir que eu possa estar prejudicando, se eu sair não tem problema nenhum. Diretoria e treinador estão aí para resolver e decidir.”
“O primeiro tempo foi de qualidade. No segundo, talvez a gente poderia ter acelerado mais o jogo, quisemos controlar. Mas a equipe fez um bom jogo, a responsabilidade é minha, porque não fiz um bom trabalho, e acabei prejudicando todo mundo. Peço perdão aos meus companheiros, que não mereciam sair com essa sensação de derrota.”
O empate contra o Alianza Petrolera (BOL), é o segundo seguido do Cruzeiro na Copa Sul-Americana, e deixa a Raposa em terceiro lugar no Grupo B, com dois pontos, fora da zona de classificação. A equipe volta à campo neste domingo (14), para enfrentar o Botafogo em casa, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, às 17h (de Brasília), no estádio do Mineirão.
Foto: Gilson Lobo/AGIF.
