(por Matheus Correia)Em um duelo recheado de amarelo e azul, Suécia e Ucrânia se enfrentaram na última partida das oitavas-de-final da Euro. Os suecos se destacaram na fase de grupos, ficando na primeira colocação em um grupo que possuia Polônia e Espanha. Já os ucranianos tiveram certa “sorte” na tabela, conseguindo a classificação como terceiro colocado com apenas três pontos no grupo C. E, mesmo assim, foi a seleção comandada por Andriy Shevchenko que levou a melhor, em um final emocionante que acabou compensando uma partida bem fraca.A Suécia dominava as ações ofensivas no início da partida, buscando sempre a bola nos pés de Forsberg e Alexander Isak. A Ucrânia tinha dificuldades em criar jogadas, muito pela pouca participação de Zinchenko pela área central do campo como pela ausência de Malinovsky em campo, que ficou no banco por opção técnica. Apesar da aparente superioridade sueca em campo, foi a Ucrânia que abriu o placar com Oleksandr Zinchenko. Yarmolenko recebeu a bola na direita e tentou um cruzamento de três dedos, com a bola passando por todos na grande área e sobrando para Zinchenko livre na esquerda. O lateral do Manchester City pegou muito bem de primeira, com o goleiro Robin Olsen chegando a realizar defesa, mas não conseguindo impedir o gol, espalmando para baixo com a bola seguindo para o fundo da rede. Já na reta final do primeiro tempo, a Suécia conseguiu o empate após um chute de fora da área de Emil Forsberg. O atacante finalizou de longe e no trajeto, a bola desviou na perna de Zabarnyi, engando completamente o goleiro Bushchan. O empate acabou sendo lucro para os suecos, que caíram bastante de produção ao decorrer dos primeiros 45 minutos da partida. No segundo tempo, as duas equipes tiveram boas chances com bolas na trave. Sydorchuk foi quem acertou o poste para Ucrânia, e Forsberg para a Suécia. O confronto ficou mais equilibrado, com as duas seleções se arriscando pouco, procurando trabalhar a bola quando tinham a posse, mas com poucas alternativas de conclusão. Com o tempo regulamentar chegando ao fim, o físico começou a pesar nos dois lados do campo, e o jogo ficou muito menos vistoso e bem trabalhado nos minutos finais. Uma das melhores chances foi com Forsberg, que acertou outro chute no travessão, em uma bela jogada levando a bola da esquerda para o meio. Os tanques se esgotaram, e o jogo acabou terminando em um a um. Na prorrogação, o jogo “truncado” teve continuidade. O lance mais “interessante” da primeira etapa do tempo-extra foi a expulsão de Marcus Danielson após uma entrada criminosa em Besedin, jogador ucraniano que entrou no início da prorrogação. A entrada foi tão forte que é inacreditável o fato de Besedin não ter quebrado sua perna. No segundo tempo, a Suécia passou a ser pressionada por conta da desvantagem numérica, e Artem Dovbyk quase marcou após receber na grande área e ficar cara a cara com Olsen. O atacante acabou mandando a bola por cima, mas já se encontrava em posição de impedimento. Dovbyk, apesar de impedido, perdeu um gol que na situação da partida, não deveria ter perdido. Mas, aos 120 minutos de partida, virou o herói de seu país. Zinchenko executou um excelente cruzamento na esquerda para a grande área; a bola viajou e encontrou a cabeça de Dovbyk, que mandou a bola para o fundo do gol de Olsen. No tempo que restava dos acréscimos, a Suécia não conseguiu fazer nada e a Ucrânia acabou ficando com a classificação histórica. Resultado: Suécia 1 – 2 Ucrânia Um dos resultados mais importantes da história recente da Ucrânia no futebol. Comandada por um de seus maiores ídolos, Andriy Shevchenko, a seleção demostrou muito mais compostura do que a adversária, que desapareceu no jogo ofensivamente após o gol de Forsberg. A vitória tem como protagonista o principal jogador no elenco: Oleksandr Zinchenko. Autor de um gol e uma assistência, o lateral/ala parece estar assumindo o posto que antes, era do atual técnico da seleção. A Ucrânia enfrentará a Inglaterra pelas quartas-de-final neste sábado (3).
Futebol
