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Futebol

Com Furch como talismã, Santos vira o jogo contra o Bahia na Fonte Nova

(por Rafael Lima) Peixe consegue uma vitória importantíssima na briga contra o rebaixamentoO Bahia recebeu o Santos na Arena Fonte Nova em busca de um respiro no Brasileirão, já que poderia colocar sete pontos de frente sobre o Santos, primeiro time na zona de rebaixamento.Já o Peixe, vivia uma decisão, pois em caso de derrota, o descenso ficaria ainda mais claro. Por isso, Marcelo Fernandes mudou a escalação para povoar mais o meio e equilibrar mais o time.Enquanto isso, Rogério Ceni fazia sua estreia em casa, tentando implementar na equipe um jogo de toque de bola e construção no meio para tentar dominar o adversário. Início frenético do Santos e primeiro tempo agradávelO início do jogo foi bem diferente, pois o Peixe iniciou de forma frenética, tentando amassar o Tricolor da Boa Terra desde o começo numa blitz incrível. Com dois minutos, Jean Lucas e Soteldo tiveram boas chances. Na sequência, Marcos Leonardo obriga Marcos Felipe a fazer uma defesaça e, no rebote, Lucas Lima também finalizou.  f6wkgllw0aa6dw7-e1695085934467.jpg O Santos demonstrava uma postura totalmente diferente dos últimos jogos, numa grande pressão. Porém, aos poucos o Bahia conseguiu equilibrar as ações e também criou chances.Aos 17’, Camilo Cândido exigiu ótima defesa de João Paulo. Cinco minutos depois foi a vez de Gilberto chutar com perigo. O duelo era muito bom.E os times começaram também a arriscar de fora da área. Primeiro Jean Lucas pelo Santos, que bateu para fora, e depois Yago Felipe, que levou ainda mais perigo, chutando para uma defesa fantástica de João Paulo.O Bahia passou a ter mais posse de bola e rondar a área do Santos, mas o Peixe parecia estar com o contragolpe encaixado. Aos 43’, num contra-ataque puxado em velocidade, Lucas Lima ligou Soteldo, que limpou o zagueiro e passou para o meio-campista de novo, entretanto, Lucas Lima chutou fraco.E esse foi o último lance de perigo de um ótimo primeiro tempo, repleto de alternativas. Santos sofre gol, mas busca a virada em bolas paradasNa etapa complementar, o Bahia começou mais ofensivo, porém, mesmo povoando o campo de ataque, não era incisivo. Criava poucas chances.Num lance onde a defesa do Santos estava posicionada, o Bahia, num lance que parecia morto, teve a bola com Gilberto, que serviu Camilo Cândido, o uruguaio bateu e João Paulo aceitou. O tricolor baiano abria o placar.Após o gol, o jogo ficou mais morno. O Bahia parecia satisfeito com o resultado e o Santos passou a sondar a área do anfitrião. Com algumas faltas laterais, o Peixe criava. Até que aos 28’, numa jogada ensaiada muito bem feita, em falta cobrada por Soteldo, Jackson ajeitou de cabeça e Marcos Leonardo cabeceou para o gol, empatando a partidaOs treinadores fizeram substituições que deixaram o jogo mais brigado, com mais transpiração do que inspiração. Ambos não colocavam a bola no chão e tampouco trabalhavam para criar chances claras.Marcelo Fernandes fez a última substituição do jogo e Julio Furch entrou em campo. Eis que numa cobrança de escanteio de Jean Lucas, Joaquim ajeitou de cabeça e Furch finalizou para anotar o gol da virada. Que comemoração do Peixe!No fim, o Bahia ainda teve uma boa chance, mas Biel finalizou em cima de João Paulo, que garantiu a vitória do Santos. Final: Bahia 1×2 Santos  santos-scaled.jpg  AnáliseO Santos demonstrou uma postura até então não vista nesse Brasileirão. O time desde o início quis propor o jogo e atuou de igual para igual com o time da casa.Quando todos esperavam mais uma derrota e terra arrasada, Marcelo Fernandes montou o time de forma equilibrada, sofrendo pouco e, com Soteldo solto flutuando, a equipe se tornava perigosa.Se não bastasse, o time ainda apresentou jogadas ensaiadas de bola parada, fundamentais para a vitória, que muda o ânimo de jogadores e torcedores.Enquanto isso, do outro lado, o Bahia de Rogério Ceni foi pragmático, parecia mais preso ao meio-campo, sem muita intensidade. E, mesmo saindo na frente, não conseguiu controlar o jogo, se mantendo com a bola, mas sem saber o que fazer com ela.Além disso, o time se mostrou desprotegido, deixando espaços inadmissíveis em bolas paradas. Assim, o jogo do desafogo, se tornou a partida da volta do desespero.A briga contra o rebaixamento será intensa até o final.

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