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Futebol

Confira a história do tricampeonato da Argentina num duelo épico diante da França, que coroou Lionel Messi 

(por Rafael Lima) A final da Copa do Mundo pode ser considerada a maior de todos os tempos. O que os fãs de futebol viram neste 18 de dezembro foi algo épico, daquelas partidas inesquecíveis que serão contadas para sempre por quem vivenciou. Um jogo de seis gols, em que a Argentina dominou a maior parte do tempo, mas a França foi buscar por duas vezes o placar e quase virou no fim, mas a decisão acabou pênaltis. Em resumo, tivemos um 3 a 3 com os argentinos vencendo por 4 a 2 nos pênaltis, e uma linda história escrita, consagrando um gênio chamado Lionel Messi. O jogoDesde o início, a Argentina tomou uma postura ofensiva. Com as linhas altas, a equipe sul-americana recuperava a bola rápido e girava de um lado para o outro. Os volantes se apresentavam em posição de chute e, mesmo com Messi marcado, os argentinos eram melhores, principalmente do lado esquerdo com Di María. Já a França, mesmo retraída, parecia se comportar de forma defensiva para tentar uma estocada num contra-ataque, aproveitando a velocidade de seu meio-campo. Com essa pegada forte no campo de ataque, os argentinos dificultavam demais a saída de bola francesa. Desta forma, com as linhas altas, a Argentina criava muito mais do que o adversário. Numa trama bem feita, que passou por Enzo Fernandez e Julián Álvarez, Ángel Di María driblou bem Dembélé, que sem poder de recuperação, acabou cometendo um pênalti bobo no argentino. Lionel Messi foi para a cobrança e bateu muito bem, esperando Lloris cair para correr para o abraço. Vitória parcial merecida da Argentina. Mesmo após o gol, a Seleção Argentina continuou sufocando a França. Com o time todo adiantado, os argentinos não deixavam os franceses sairem jogando com toques de bola. Em lançamentos longos a Seleção Francesa era facilmente dominada, num monólogo argentino de grande marcação, controle na base da posse de bola e talento para achar os espaços. Numa subida esporádica, a França deixou espaço e, com uma bela roubada de bola no campo de defesa, Messi recebeu, deu lindo passe de primeira para Julián Álvarez, que da mesma forma, num toque só, encontrou McAllister, que por sua vez serviu Di María para tirar de Lloris e correr para comemorar. Show argentino na final da Copa!Os argentinos abriram dois gols de vantagem e ainda tinham a bola, fazendo a França correr sem sentido, completamente espaçada e perdida dentro de campo, envolvida no toque de bola “albiceleste” que ditava o ritmo de jogo. Na reta final, a França passou a subir mais e brigar pela bola, porém, os atuais campeões não tinham calma para criar oportunidades, rifando os ataques com lançamentos e tentativas de correrias sem sucesso. O domínio argentino no primeiro tempo foi assustador. A etapa complementar começou e a França seguia buscando lançamentos longos que pegavam os argentinos de frente, tendo facilidade para cortar. Enquanto isso, a Argentina, sempre que tinha bola, atuava de forma consciente, tocando e se projetando para criar oportunidades de gol. Conforme o tempo passava ficava clara a vontade argentina de amarrar o jogo e deixar o tempo passar, enquanto a França procurava colocar a bola no chão para criar, só que na maior parte do tempo corria atrás da bola, sem conseguir finalizar uma bola sequer. Para se ter uma ideia, o primeiro chute a gol francês foi de Mbappé, aos 25 minutos dos segundo tempo. Fato que deixa clara a gigante superioridade dos argentinos. Taticamente a França não tinha organização alguma, corria atrás da bola, se cansava e não criava nada. Porém, num vacilo incrível da defesa argentina, Coman interceptou e partiu em direção a área, Otamendi derrubou o francês e o árbitro marcou pênalti. Mbappé bateu bem e diminuiu. Na sequência, em outra boa situação criada por Coman, pegando a defesa argentina aberta de novo, Mbappé tabelou com Thuram e, de primeira, empatou o jogo num golaço. O futebol é apaixonante!Após o segundo gol francês, a Argentina se lançou com tudo ao ataque e toda aquela organização tática foi por água abaixo. Os argentinos deixavam espaço e a França encontrava boas oportunidades. Com a marcação alta, eram os franceses que encurralavam os “hermanos”, numa pressão absurda baseada nas jogadas rápidas pelas pontas, principalmente com Coman e Mbappé. Apesar do domínio francês, quem tem Messi sempre traz perigo e os minutos finais foram um pandemônio. O craque argentino quase fez um golaço de fora da área, enquanto Coman e Mbappé não eram parados. Entretanto, mesmo com os times abertos, o duelo terminou em 2 a 2.A prorrogação iniciou com a Argentina tocando a bola e tentando voltar a ter o controle do jogo. Com superioridade numérica no meio-campo, os argentinos cadenciavam o ritmo, porém, quando a bola chegava nos pontas franceses, o perigo era enorme, entretanto, a falta de um centroavante de referência e o excesso de individualidade atrapalhava os ataques dos azuis. Na parte final da primeira etapa do tempo extra a Argentina voltou a ser superior, encontrando buracos na defesa francesa, muito pelo espaçamento do time, que tinha quatro atacantes. Em duas subidas argentinas, Lautaro Martínez perdeu chances claras. No segundo tempo da prorrogação, muito mais organizada taticamente, a Argentina colocou a bola no chão e voltou a encontrar espaços na defesa francesa, numa bola que pegou a França na transição, Messi serviu Enzo Fernández, que tocou para Lautaro Martínez. O atacante mandou uma bomba, Lloris defendeu dando rebote e Messi, na área, anotou o segundo dele e o terceiro da Argentina, recolocando a “albiceleste” na frente. A França se lançou ao ataque sem muita organização, na base da correria e do abafa. Mbappé, no rebote do escanteio chuta, Montiel bloqueia com o braço e causa um pênalti. O próprio Mbappé vai para a cobrança e deixa tudo igual, se tornando o primeiro jogador a fazer um hat-trick numa final de Copa do Mundo. Na reta final, o jogo ficou aberto, a Argentina ainda tentou decidir, mas quem esteve perto do quarto tento foi a França, com Kolo Muani batendo para uma defesaça de Emiliano Martínez. No fim, a decisão desta final épica ficou para os pênaltis. Mbappé e Messi bateram os primeiros e marcaram. Coman bateu e Emiliano Martínez pegou muito bem. Dybala teve a chance de colocar a Argentina na frente e assim o fez. Tchouaméni chutou a terceira penalidade para fora. Leandro Paredes ampliou e colocou os argentinos com uma mão e meia na taça. Kolo Muani ainda fez o dele, mas Montiel, o jogador que cometeu o pênalti, definiu o título para a Seleção Argentina, coroando Messi com uma Copa do Mundo. Terminou a maior final da história das copas, um verdadeiro presente para quem ama o futebol. 

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