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Futebol

Impressões da difícil vitória brasileira diante da Seleção da Suíça

(por Rafael Lima) O Brasil entrou em campo para enfrentar um imenso ferrolho suíço. Sem muita mobilidade, Tite precisou mexer no time e contar com os bons desempenhos de Bruno Guimarães e Rodrygo para fazer a nossa seleção melhorar na parte ofensiva e, com um passe do garoto do Real Madrid, Casemiro definiu o placar em 1×0 num chutaço de primeira.As duas equipes entraram com posturas conservadoras. O Brasil tinha lentidão na criação, pois a segunda linha dos suíços era sólida e dificultava a seleção brasileira a triangular rapidamente. Com os pontas bem marcados, os brasileiros não conseguiam criar situações. Do lado da Suíça, a tática era travar o Brasil com as duas linhas bem postadas e ligação direta para a correria de Embolo.A lentidão brasileira era muito clara, com Fred e Militão o lado direito ofensivamente era praticamente nulo, com Raphinha muito isolado. Com o time torto para a esquerda, com Paquetá e Vini Jr mais ligados, a Suíça povoava seu lado direito para ganhar em quantidade de jogadores. A principal jogada brasileira foi uma inversão da esquerda para a direita com Raphinha, mais livre, cruzando para Vini Jr finalizar para a boa defesa de Sommer.O Brasil alugou um lote no campo de ataque, até os zagueiros subiram para a criação, entretanto, a defesa suíça encaixotava o meio-campo brasileiro, fazendo com que a bola não chegasse com qualidade no ataque. A muralha dos suíços deixou o jogo morno e, com uma seleção brasileira sem criatividade, aceitando a marcação, o primeiro tempo se desenvolveu sem emoção.Voltando com Rodrygo no lugar de Lucas Paquetá, o Brasil continuou lento no ataque e ainda perdeu o meio-campo, fazendo a Suíça adiantar mais as linhas e sair para o jogo. Com a partida sendo jogada em ritmo lento, as equipes não criavam situações de gol. Em uma roubada de bola, Bruno Guimarães ligou Rodrygo, Casemiro lançou e Vini Jr colocou a bola na rede, porém, Richarlison, que participou do lance, estava impedido, num raro lance de aceleração. A Suíça tinha muita dificuldade de ficar com a bola e partir nos contragolpes para incomodar. Enquanto isso, o Brasil, mesmo com a bola, não tinha jogadas pelo meio, isolando os jogadores nas pontas. Porém, na primeira jogada de triangulação que a nossa seleção fez, o gol finalmente saiu. Vini Jr recebeu na esquerda, passou pra Rodrygo, que de primeira tocou para Casemiro, que também de bate-pronto acertou um belíssimo chute.A partir daí, a Suíça não tinha peças e nem um meio-campo criativo para tentar buscar o empate. Já o Brasil, com mais espaço ainda criou oportunidades, mas Vini Jr prendeu demais a bola em alguns lances e Rodrygo também perdeu uma chance. Apesar disso, com uma dupla de volantes jogando pra frente, já que a entrada de Bruno Guimarães deu muito mais dinamismo ao meio-campo, os brasileiros mantiveram a bola na frente e não sofreram, garantindo a segunda vitória canarinho. O jogo deixa uma lição clara. Com Fred o Brasil perde em dinâmica de jogo e não acelera a transição. Já com Bruno Guimarães, a roubada de bola gerava velocidade na retomada. Em relação a entrada de Rodrygo, a mobilidade que ele dá dificulta a marcação, mesmo de um time tão bom defensivamente como o suíço. Com Rodrygo caindo pelos lados e trabalhando triangulações com pontas, o time fica muito mais letal. 

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