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Futebol

Impressões da vitória da pressionada Argentina diante do México

(Por Rafael Lima)A Seleção Argentina foi a campo pressionada, correndo risco de ser eliminada em caso de derrota, o treinador Scaloni fez mudanças na equipe titular, mas não adiantou muito em relação a construção de jogadas, sendo um time bem previsível. A sorte dos argentinos é que talento individual sobra, com Messi e Enzo Fernández decidindo o 2×0 diante de uma das seleções mexicanas mais fracas das últimas copas.Apesar disso, o México iniciou a partida com uma postura ofensiva, porém, com uma jogada única de ataque pelas pontas, principalmente com Hirving Lozano. Apesar desta postura ofensiva, os mexicanos não tinham efetividade, pois apenas alçavam bolas na área sem qualidade.A Argentina, por sua vez, deixou o nervosismo tomar conta e não fazia jogadas de aproximação, atacando sem criatividade alguma.Taticamente a partida não tinha nenhuma variação. O México correndo muito e marcando forte para tentar roubar a bola, muitas vezes cometendo falta. Enquanto na fase ofensiva, os procuravam acelerar pelo lado do campo, seguindo sem efetividade.Ao longo do primeiro tempo a Argentina melhorou um pouco. Messi e Di Maria entraram mais na partida, só que os “hermanos” sofriam com a pegada adversária. Afunilando o jogo pelo meio, os argentinos também careciam de criatividade.E assim, a primeira etapa de baixo nível técnico terminou sem que ninguém tivesse satisfeito. O México precisava de cadência e aproximação, enquanto a Argentina teria que trabalhar mais as tabelas com projeções e subir suas linhas para aumentar o número de jogadores no campo de ataque.A Argentina voltou para a segunda etapa com problemas na saída de bola e, mesmo mais ofensiva, a equipe albiceleste sentia falta de laterais e pontas que abrissem a defesa mexicana, afunilando o ataque pelo meio com Messi pouco inspirado e sofrendo também com a falta de movimentação de seus companheiros de frente.Já o México estava plantado com duas sólidas linhas defensivas, que destruíam os ataques portenhos. Só que com a bola, os mexicanos eram inofensivos, pois Lozano e Vega eram isolados do meio-campo.Quando faltam tática e inspiração, a capacidade individual pode decidir. Messi, em atuação fraca até então, mostrou que precisa de apenas um lance para mostrar sua genialidade. Em mais um ataque pragmático e sem intensidade, Di Maria passou para Messi no meio e o craque tirou de repente da cartola um chute rasante de fora da área, que entrou no canto esquerdo de Ochoa, para colocar os argentinos na frente.Após o gol, com a entrada de Romero a Argentina configurou um esquema com três zagueiros, que com o espaçamento entre meias e atacantes mexicanos, facilmente desarmava os adversários. Porém, os argentinos sofriam do mesmo mal e, com a bola, pouco faziam.Só que novamente a abiceleste contou com uma jogada genial de um craque. Enzo Fernández recebeu um passe despretensioso e, com um belo domínio e ótima visão do gol, marcou um golaço, sem chances para Ochoa, liquidando a fatura. Final: Argentina 2×0 MéxicoA Argentina ficou devendo futebol coletivo, mas mostrou que pode contar com suas individualidades para vencer jogos. Enquanto o México, pobre tática e tecnicamente, está virtualmente eliminado.

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