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Futebol

Impressões do show de Bruno Fernandes e da bela vitória de Portugal diante do Uruguai 

(por Rafael Lima) Portugal encanta com um meio-campo criativo, muita movimentação ofensiva e um futebol vistoso, principalmente de Bruno Fernandes, que fez a melhor atuação de um jogador nesta Copa do Mundo, para vencer bem um Uruguai pouco criativo e sem inspiração, por 2 a 0.O duelo começou com marcação intensa do Uruguai no campo ofensivo, Portugal não conseguia respirar, sofrendo muitas faltas. Jogando com três zagueiros, os alas, principalmente Olivera, ocupavam a zona ofensiva. Além disso, a “Celeste” tinha três volantes congestionando o meio e isso deixava o jogo truncado. Os portugueses não tinham saída, pois o meio-campo ficava escondido, forçando a ligação direta. Bruno Fernandes e Bernardo Silva precisavam voltar mais para diminuir o espaço entre os setores. Quando isso acontecia, a seleção lusitana conseguia levar perigo, como numa enfiada do jogador do Manchester City para João Félix finalizar com perigo. Aos poucos Portugal foi tomando conta da posse de bola, com os jogadores mais próximos e uma movimentação inteligente, já que João Félix e Cristiano Ronaldo ora ficavam centralizados, ora caiam pelas pontas. Apesar disso, a marcação uruguaia levava vantagem nos momentos decisivos.Como o Uruguai não tinha criação, um meia cerebral, triangulações e passes verticais, o ataque ficava refém de jogadas individuais. Na melhor delas, Betancur carregou a bola desde o meio-campo, deu dois belos dribles e só parou na ótima defesa de Diogo Costa.Mesmo com boa movimentação, Portugal não conseguia superar o agressivo sistema defensivo uruguaio. Enquanto a seleção sul-americana necessitava urgentemente de um jogador com Arrascaeta para dividir a criação com Betancur e acionar os isolados Cavani e Darwin Nuñez. Com essa configuração, o primeiro tempo terminou sem gols.Na segunda etapa, Portugal voltou atuando com os jogadores mais próximos. Bruno Fernandes entrou mais no jogo, chamando as jogadas e voltando para criar. João Félix se movimentava bem e abria espaços, com isso a defesa uruguaia se abria mais e o gol português amadurecia.Numa jogada em que Portugal avançou em bloco, Bruno Fernandes descolou um cruzamento para a movimentação de Cristiano Ronaldo, que fez o movimento de cabeça e a bola morreu no fundo das redes.  A Seleção Portuguesa construiu seu gol de forma consciente.Após o gol, o Uruguai passou a adiantar suas linhas, aprofundou as jogadas pelas pontas, colocou Arrascaeta e Pellistri para criar as jogadas, sem tirar os dois centroavantes. Dessa forma a Celeste empurrou Portugal para atrás.Percebendo isso, Fernando Santos, ao invés de retrancar seu time, tirou Ruben Neves pra colocar Rafael Leão, deixando sua equipe mais ofensiva, tentando retomar o protagonismo e prender a bola no campo de ataque. A intenção do treinador português não deu muito certo, já que a partida ficou aberta, mas com o Uruguai muito mais perigoso, a ponto de rapidamente Maxi Gómez ter carimbado a trave de Diogo Costa, Luis Suárez ter chutado na rede pelo lado de fora e Arrascaeta ter perdido na cara do goleiro. Percebendo que sua alteração anterior não tinha dado nada certo, Fernando Santos fortaleceu seu meio campo, principalmente com Matheus Nunes e João Palhinha, e voltou a ter mais a bola, dando equilíbrio ao time. Com a equipe mais sólida e organizado nos três setores, Bruno Fernandes voltou a participar mais do jogo. Num belo lance, o meia do Manchester United tocou a bola no meio das pernas de Giménez que desviou com a mão. Depois do VAR a penalidade foi marcada e Bruno Fernandes, merecidamente, foi premiado com o segundo gol. Depois do segundo tento, Portugal ainda teve ótimas chances, todas com o craque da partida, Bruno Fernandes, que não guardava posição, flutuando pelo meio, esquerda e direita e ainda entrava na área, mas o resultado terminou como estava.Com jogadores de muita qualidade e o dono da melhor atuação desta copa, Bruno Fernandes, Portugal mostrou que tem qualidade para quebrar marcações fortes, vencer jogos duros e encantar ao mesmo tempo. Ao que tudo indica, essa seleção vai longe. Do outro lado, o Uruguai, que escolheu jogar de forma reativa, tendo peças para ter  um time mais ofensivo, já que inexplicavelmente Arrascaeta não entra como titular, terá que abrir muito mais seu time e correr riscos diante de Gana, pois precisa vencer de qualquer jeito. 

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