3498319 71313548 2560 1440
Futebol

Impressões sobre a vitória tática do Marrocos diante da Bélgica 

(por Rafael Lima) O Marrocos venceu a Bélgica demonstrando muita intensidade e aplicação tática, o time apresentou velocidade e jogadores como Ziyech e Boufal que atormentam a defesa adversária com recursos técnicos e verticalidade. Tudo diante de uma equipe belga lenta, burocrática e sem variações, mesmo quando ficou atrás no placar. A falta de intensidade belga chamou a atenção. A Bélgica iniciou o jogo com a posse de bola, girando para encontrar espaço, mas parava na intensa marcação marroquina. Os belgas não conseguiam acelerar os ataques e, neste ritmo cadenciado, as chances claras eram difíceis de serem criadas, pois o time não efetuava infiltrações pelo meio, abrindo ama pontas e ganhando escanteios sem efetividade. Na melhor chance, Batshuayi, em ótimas condições, não conseguiu superar Munir.O Marrocos tinha uma forma de jogar bem clara, duas linhas sólidas e saída rápida para o ataque, aproveitando principalmente o vigor físico e talento de Hakimi, que deixava o time mais propenso a atacar pela direita. Com os belgas encaixotados, os marroquinos passavam a tentar explorar Thorgan Hazard, utilizando Hakimi e Ziyech. Numa falta sofrida pelo atacante do Chelsea, ele mesmo bateu cruzado pra dentro da área e a bola entrou, porém, o VAR encontrou Saiss impedido.E assim, o primeiro tempo terminou em 0x0, faltando criatividade para os Belgas com De Bruyne fora de sintonia e Eden Hazard burocrático. Enquanto do lado do Marrocos, a tática foi bem implementada, faltando apenas achar o gol num contragolpe. Na etapa complementar, o panorama do jogo seguiu parecido. A Bélgica continuava tocando a bola no seu compasso, sem encontrar uma forma de afunilar as jogadas para criar chances claras. Numa jogada individual, Eden Hazard obrigou Munir a fazer boa defesa, mostrando que a individualidade poderia ser o caminho. Enquanto isso, Marrocos gostava do jogo, pois a marcação forte e saída rápida para o ataque, acelerando a transição, buscava pegar a defesa belga despreparada. Numa dessas jogadas, uma inversão de bola encontrou Boufal, que levou perigo. O Marrocos ficou mais no campo de ataque, girando o jogo com velocidade e sendo muito mais objetivo que o lento adversário. O resultado do time africano se tornar mais ofensivo foi o gol, novamente em uma falta lateral. Dessa vez, Sabiri bateu, a bola não tocou em ninguém e morreu nas redes belgas, Saiss também participou do lance, entretanto, não estava impedido. Foi premiado o time mais incisivo.Após o tento de Marrocos, os belgas seguiram com a posse de bola, mas sem força nenhuma para furar a força defensiva dos africanos. O time europeu em nenhum momento era perigoso, apenas tocava a bola com lentidão até encontrar a ponta e cruzar na área sem efetividade. Futebol fraquíssimo da seleção que estava entre as favoritas ao título. E, para completar, uma ode ao estilo de jogo marroquino. Transição rápida após tiro de meta, Ziyech ganhou na velocidade da pesada defesa belga e cruzou pra atrás, encontrando a chegada do atacante Aboukhlal, que liquidou a partida sem chances para Courtois.Esse jogo foi mais um daqueles que mostram que a posse de bola por si só não significa nada. A organização defensiva somada a velocidade de transição e consciência com a bola no pé tem sido muito mais efetivas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *