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Futebol

Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo, afirma que foi ameaçado de morte ao lado da filha

(por Fabrício Carvalho)Nesta quinta-feira (21), o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, concedeu entrevista coletiva no CT Ninho do Urubu para abordar sobre a situação ocorrida na última terça-feira, envolvendo a briga com um torcedor rubro-negro em shopping na Barra da Tijuca, localizado na zona oeste do Rio de Janeiro.O momento de maior importância da coletiva ocorreu logo no início, quando Braz deu um longo pronunciamento em ordem cronológica sobre os fatos (na visão do dirigente rubro-negro). Marcos Braz afirmou que ele e sua filha de 15 anos sofreram ameaças de morte de Leandro Campos, entregador e torcedor rubro-negro.Braz também afirmou que permaneceu dentro do shopping esperando seguranças e policiais para deixar o local em meio a confusão das centenas de pessoas que rapidamente se aglomeraram em frente à loja. Na sequência, o dirigente do Flamengo foi à delegacia e posteriormente ao IML para fazer corpo de delito.Após o longo pronunciamento, Braz ouviu questionamentos da imprensa e abordou outros aspecos da situação. O vice de futebol afirma que não considerou deixar o Flamengo, disse que não lembra de nenhum detalhe após a suposta ameaça final de Leandro (justamente no momento da agressão) e rebateu a acusação de que tenha faltado sessão na Câmara. A seguir, confira os trechos mais importantes da coletiva.Principais aspas de Marcos BrazAmeaça de morte”Quando eu estava dentro da loja, dois ou três homens e mais algumas pessoas no fundo começaram a questionar, começaram a fazer cobranças, e aconteceram vários eventos. Nesse momento, que durou alguns minutos, não abri a minha boca.”Depois minha filha chega junto com duas amigas, e eu ainda comentei com a pessoa ao lado: ‘Graças a Deus não estavam aqu’. Elas ficam em frente à loja um pouquinho à direita. E aí chega o rapaz que deu problema. Ele chega e começam as ameaças. Aí vem o cara, e eu falo: “Minha filha está aqui do lado”. E ele falando, falando, falando. A filha via o pai sendo ameaçado de morte, fui na direção dele e falei sistematicamente que a minha filha estava ali.”A última frase dele foi “F…-se a sua filha”. O final vocês viram. Eu tenho o problema lá. Os fatos foram postados rapidamente. Parece que fizeram a conta: 40 segundos. Eu saio passando a mão no nariz e procurando a minha filha. Qual foi meu cálculo rápido? Eu não vou para o meu carro porque não tenho segurança e o carro não estava perto.””Num segundo momento, eu alertei várias vezes que minha filha estava ali. Não sou louco de falar isso aqui. Louco não, burro. E depois não apareceram as imagens dela comigo na loja me abraçando, me beijando e depois saindo ao lado. Ele me ameaçou de morte, falou que se o resultado não viesse, a cobrança seria muito diferente. E no final falou o que disse há pouco tempo.” Continuidade no Flamengo”Já refleti e já passei aqui. Quem determina a minha continuidade ou não é o presidente Rodolfo Landim. E, ao que me consta, estaremos juntos em 2024. E antes de 2024 temos muita coisa para fazer neste ano.””Queria deixar claro que quando eu aceitei o cargo de vice-presidente do Flamengo, até por ser criado dentro da Gávea e desse ambiente, eu tinha noção clara do que é ser VP de futebol. Eu sei da pressão, dos questionamentos e das situações políticas.”Eu sou preparado para estar no cargo. Mas, para o que aconteceu, eu não me preparei. Para ser ameaçado do lado da minha filha e ela sendo ameaçada também verbalmente, in loco. Peço desculpas pelo transtorno que causei, não para ele (torcedor). Peço desculpas a pares da diretoria e à torcida do Flamengo. Não foi dessa vez, mas vai ter uma tragédia no futebol. Uma hora vai ter.””Relatei ao meu chefe direto o ocorrido. Imagine meu chefe direto com agenda em Brasília, em lugares importantíssimos e em lugares que são um canhão com gente falando que fui para cima de um torcedor com vários seguranças. E em outros lugares que eu não estava com a minha filha e que a minha filha não estava no shopping. E eu tive que relatar ao meu presidente.” Agressão ao torcedor”Já falei que fui ameaçado de morte, minha filha estava próxima. Eles fez várias ameaças, eu sistematicamente pedi que ele parasse porque minha filha estava lá. Vê se tem áudio meu pedindo aos outros pararem. Eu não estou entendendo sua pergunta, campeão.””Tinham três pessoas me xingando, e eu estou falando que não fiz absolutamente nada enquanto não houve ameaça de morte e quando minha filha não estava ao lado. Sistematicamente eu falei para ele: “Não me ameaça, estou do lado da minha filha”. Falei uma, duas vezes. Ele não fala com a verdade quando diz que não me ameaçou. Cheguei perto dele e deu o problema que deu.” Falta/presença virtual na Câmara de Vereadores”Você às vezes faz a presença virtual para ter acesso às declarações dos outros vereadores. Muitas vezes não entro no virtual e vou para a Câmara. E aí tenho minha presença validada. Posso não estar nessa parte virtual e, se eu chegar lá 16h, eu participo das votações.””Às terças e quintas, das 13h30 às 16h, você dá presença virtual para entrar no sistema. Eu posso falar, eu posso ouvir, tenho conhecimento das pautas. Quando chega às 16h, se você não botar o dedo, você toma falta e é descontado. Eu tomei a falta, eu não fiz nenhuma ilegalidade. Vou ser descontado.””Vou falar por mim. Em outras votações, votei contra o empréstimo. Sou um vereador. Fiquei com um jornalista dois ou três meses me acompanhado lá. Sou bastante independente. Eu não voto com o Governo do Rio sempre, eu voto causas LGBT por exemplo. Sou bastante independente. Se eu errei, foi uma coisa. Fiz a opção de estar com minha filha um dia antes. Uma filha que não mora comigo, que mora com a mãe. E eu faço viagens. Estou enriquecendo sua pergunta. Já houve outros pedidos de empréstimos que fui contra.”Imagem: Alexandre Vidal / Flamengo

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