No último sábado (20), durante a partida entre Milan e Udinese, o goleiro Mike Maignan foi vítima de atos racistas, resultando na interrupção temporária do jogo. Diante desse lamentável episódio, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, emitiu um comunicado oficial expressando seu apoio ao jogador e propondo medidas mais severas para combater o racismo no futebol.
No comunicado, Infantino não apenas condenou veementemente os incidentes ocorridos em Udine e também em Sheffield, na Inglaterra, mas destacou a necessidade de implementar medidas mais eficazes para erradicar o racismo do esporte. O presidente da FIFA sugeriu a adoção da derrota automática como punição para times cujos torcedores estejam envolvidos em atos racistas que levem ao abandono da partida. Além disso, propôs proibições mundiais de estádios e acusações criminais para aqueles que praticam o racismo.
O jogo do Campeonato Italiano entre Milan e Udinese, que terminou com a vitória do Milan por 3 a 2, ficou paralisado por aproximadamente cinco minutos após Maignan relatar as ofensas racistas ao árbitro. Os jogadores chegaram a deixar o campo, mas retornaram pouco depois. Depois do jogo, Maignan se pronunciou, chamando os racistas de “ignorantes”.
“Eles são ignorantes. Eu não me importo de ser vaiado ou cornetado durante um jogo fora de casa, mas o que aconteceu hoje não tem espaço no futebol,” disse Maignan.
O comunicado de Gianni Infantino ainda reforça a importância da educação, defendendo que ações devem ser tomadas desde as escolas para garantir que as gerações futuras compreendam que o racismo não tem lugar no futebol nem na sociedade como um todo.
Confira todo o comunicado do presidente da FIFA:
“Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação – tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.
Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.
Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.
A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!”
(Foto: Reprodução/FIFA)
