O técnico argentino Diego Simeone, do Atlético de Madrid, entrará para a história da Liga dos Campeões nesta terça-feira (20). Quando estiver à beira do campo do Giuseppe Meazza comandando sua equipe contra a Inter de Milão, às 17h (de Brasília), pelas oitavas de final da competição, “El Cholo” comandará seu 100º jogo como treinador na Champions.
Dessa forma, ele se juntará a um seleto grupo formado por outros oito treinadores com marcas centenárias no torneio. São eles: Carlo Ancelotti (198), Sir Alex Ferguson (190), Arsène Wenger (178), Josep Guardiola (166), José Mourinho (145), Mircea Lucescu (115), Jürgen Klopp (100) e Massimiliano Allegri (100). Porém, um detalhe torna a marca de Simeone ainda mais especial.
100 vezes com o Atlético
Diferente dos outros treinadores da lista, Simeone é o único a alcançar a marca por um único clube. Sim, porque tanto Ferguson quanto Wenger, lendas longevas de Manchester United e Arsenal, respectivamente, comandaram Aberdeen e Monaco pela Champions antes de chegarem aos gigantes ingleses pelos quais se notabilizaram e marcaram época.
No comando dos Colchoneros desde a temporada 2011-12, Simeone alcançará a marca centenária em sua 13ª temporada à frente do clube onde se imortalizou como um dos ídolos máximos da torcida e de toda a história do Atleti. O argentino também marcou seu nome como jogador do clube, sagrando-se campeão de La Liga e da Copa do Rei em 1995-96.
Impacto de Simeone
Para se ter ideia do impacto de Cholo, ele só não conseguiu levar os Rojiblancos à Champions justamente em sua primeira temporada, onde terminou em quinto com 56 pontos, apenas dois atrás do Málaga, que ficou com a última vaga ao fazer 58. Contudo, vale lembrar, Simeone só assumiu o time na 18ª rodada de La Liga, herdando a equipe de Gregorio Manzano, que deixou o time na décima posição com 19 pontos.
Porém, ainda em 2011-12, Simeone conduziu o Atlético ao seu segundo título da Liga Europa ao vencer o Athletic Bilbao por 3 a 0 na grande final (com dois gols do centroavante colombiano Falcao García e um do meia brasileiro Diego, ex-Santos e Flamengo), em Bucareste, na Romênia.
De lá para cá, o Atleti de Simeone nunca ficou abaixo da terceira posição em La Liga, tendo vencido as edições de 2013-14 e 2020-21, além de outra Liga Europa, em 2017-18, contra o Olympique de Marselha, e das Supercopas da UEFA de 2012, contra o Chelsea, e 2018, contra o Real Madrid.
Laços com o adversário
O roteiro da trajetória dos 100 jogos de Simeone na Liga dos Campeões reservou para ele um adversário especial para completar a marca redonda: a Inter de Milão, onde o ex-volante jogou entre 1997 e 1999 e conquistou a Copa da UEFA (atual Liga Europa) de 1997-98).
Inter que é comandada por Simone Inzaghi, ex-companheiro do argentino na Lazio entre 1999 e 2003. Juntos, os hoje técnicos adversários foram campeões da Supercopa da UEFA de 1999, da Serie A e da Copa da Itália de 1999-00, e da Supercopa da Itália de 2000. Antes do jogo, em entrevista ao site da Inter, Inzaghi relembrou a parceria com Cholo.
“Diego Simeone é um grande treinador com quem tenho um excelente relacionamento. Ganhei muito com ele, inclusive um scudetto com a Lazio”, disse Inzaghi.
Porém, o ex-companheiro de Cholo, assim como ele, deseja alcançar o título que lhe escapou na temporada passada, quando perdeu a final por 1 a 0 para o Manchester City.
“O Atlético disputou duas finais nos últimos dez anos e tem grandes raízes nesta competição. Mas o nosso clube não é diferente e queremos tentar voltar a sonhar e dar alegria aos nossos torcedores. Serão grandes oitavas de final, com duas equipes de alto nível jogando em dois belos estádios e com torcedores apaixonados presentes”, finalizou o comandante nerazzurro.
