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Especial Draft 2018 – Recebedores (WR/TE)

A classe de recebedores e a sua falta de holofotes no Draft 2018(por Ricardo Menegueli) Principais Prospectos: Calvin Ridley(WR), Courtland Sutton(WR), Hayden Hurst(TE), Mark Andrews(TE). Nao esquecer de: DJ Moore(WR), Christian Kirk(WR) Sabemos que recebedores são uma das partes mais importantes da apoteose do futebol americano, o touchdown. Ninguém discute que times que não marcam pontos, não ganham. Mas com tantas opções ofensivas e defensivas em posições que muitos times estão carentes, uma free agency movimentada e a falta de efetividade de alguns QBs na temporada passada, como dar a devida importância para a classe de recebedores? Quando olhamos para os receivers desta classe, não há de fato nenhum atleta fora da curva. Existem opções competentes, com em todo ano, mas todas elas não terão uma extrema relevância no Draft de 2018, tanto que alguns mocks apontam que não haverá escolha de nenhum recebedor, seja WR ou TE, antes da escolha 15. Dependendo do setup e do desenho que se tomará o Draft, poderemos passar até um round inteiro sem recebedores. Alguns times como Dallas (após a saída de Dez Bryant) ou os Jaguars (depois da perda de Allen Robinson) podem se interessar, mas são picks tardias no primeiro round. Sobre os prospectos: Calvin Ridley (WR), Alabama USATSI_10671764.jpg  Para que vocês entendam como a classe de recebedores está, Ridley é o principal nome do Draft neste quesito. Alabama usou muito o ataque terrestre, o que significa que Ridley teve relevância moderada, apesar de mostrar consistência, boas mãos e corridas de rota decentes – isso culminou em pouco menos de 1000 jardas com 55 toques na bola e apenas 4 touchdowns. Outro fato importante é que também consegue mudar de direção rapidamente. O que chama atenção dos scouts é o seu peso e estrutura, frágeis para uma liga física como a NFL. Apesar deste detalhe, se o bom recebedor de Alabama souber administrar as diferenças de regra e continuar mantendo suas mãos seguras no mesmo nível do College, ele será um ótimo prospecto, com boas chances de ser escolhido na segunda metade da primeira rodada. Courtland Sutton (WR), SMU 5449923.jpg  Seu time precisa de um bom alvo para a Red Zone? Sutton é o melhor nome deste Draft. Diferente do prospecto de Alabama, que ajudou sua faculdade a manter o jogo alternado e fez parte de um ataque com um belo mix entre correr e lançar, Sutton emplacou 12 touchdowns com 1085 jardas e 68 toques na bola (números parecidos com Ridley, porém muito mais decisivos). O que chamou a atenção foi seu desempenho burocrático no scout. Correu 40yd para 4.58 e não impressionou nenhum GM. O que marcou de fato, foi sua mobilidade com seus aproximados 1.95 de altura (6’4” em medidas imperiais) e sua capacidade de conseguir jogar mesmo com cornerbacks que procuram muito contato, o que certamente o ajuda em uma situação de red zone. Estima-se que Sutton sairá em uma escolha muito tardia de primeira rodada ou uma pick de segunda rodada. Hayden Hurst (TE), South Carolina hayden-hurst-7fe93c4f29f31ab1.jpg  Os ‘detetivões’ que rondam as franquias da NFL alegam que Hurst foi o único prospecto que realmente empolgou. Além disto, os analistas informam que ele é quem apresenta o mesmo nível que os melhores jogadores da mesma posição que participaram o Draft de 2017. Hurst recebeu 44 passes com 559 jardas e anotou apenas 2 touchdowns. Hurst marcou também um touchdown terrestre. O que certamente pode preocupar a maioria das franquias passa pela idade do bom prospecto, que tem 24 anos de Idade e ingressaria na NFL com 25 anos, motivo pelo qual Hurst decidiu passar seu ano sênior e se declarar elegível para o draft do dia 26. O grande fator a favor do “garoto” da Carolina do Sul está na boa combinação entre saber receber passes e ter um bom repertório com a bola nas mãos aliado ao fato de saber bloquear bem. Este híbrido sem dúvidas chama a atenção de muitos clubes, que dificilmente o deixarão passar da segunda rodada.  Mark Andrews (TE), Oklahoma 2560119.png  62 passes, quase 1000 jardas e 8 touchdowns em 2017. Ninguém pode questionar os números como recebedor do gigante TE de Oklahoma. O que preocupou e deixou algumas dúvidas sobre a sua capacidade é a dificuldade em bloquear. Ele precisará melhorar. Muitos dos blocks que você vai achar nas tapes de Andrews, o defensor vai ao chão ou passa por ele. Este “win or wall” que seus bloqueios promovem podem ser perigosos numa NFL onde cada vez mais as defesas se especializam em fugir deste tipo de contato. Apesar disto, Andrews tem qualidades de um WR e em alguns momentos fintou safeties e cornerbacks igual a um. Alguns analistas dizem que ele está “underrated” e que nenhuma franquia hoje que o contratasse se arrependeria de tê-lo no roster. Uma escolha tardia de segunda rodada não será nenhum absurdo, mas não se assustem se algum time com deficiência nesta posição investir no bom talento antes disso. DJ Moore (WR), Maryland usa_today_10668629.0.jpg  80 recepções, 1033 jardas e 8 touchdowns. Apesar de recebedor ele tem um porte físico que se assemelha a um Running Back e isso pode ajudá-lo a trombar com a secundária e avançar mais jardas do que a média dos recebedores da NFL. Além deste detalhe, ele tem boas pernas e é muito bom em gerar espaços entre ele e os defensores, o que pode ajudar seu QB em uma eventual bola de segurança sob pressão. Devido ao seu porte, também agrada o fato dele gostar de brigar pela posse de bola em lances divididos, o que pode ajudar em uma eventual falha do QB a evitar um turnover. Outra coisa que chama atenção e a sua naturalidade para fazer a recepção e ele também tem um ótimo jogo de pernas para fintar marcadores. Apesar destes atributos, seu biótipo pode desagradar algumas franquias. Acredito que ele saia no segundo round, porém não seria um absurdo se ele figurasse no primeiro, já que, na minha opinião, não me importa o tamanho ou o biotipo do jogador, mas se ele tem habilidades suficientes para fazer o time mover as correntes ao longo de uma partida. Christian Kirk (WR), Texas A&M MAR20_CHRISTAIN_KRIK_ISO.jpg  Christan talvez não seja tão talentoso como recebedor quanto DJ Clark da LSU, mas ele tem um ponto a seu favor que poderá atrair alguns times: ele retorna punts e kicks – e faz muito bem isso. Como recebedor, Kirk esteve na média dos demais Top prospects com 71 recepções, 919 jardas e 10 touchdowns, Kirk também impressionou nas entrevistas, correu um bom tempo no 40yd(4.49) e recebeu marcação dupla por muitas vezes ao longo da última temporada, além da falta de efetividade do QB de sua universidade. O que diminuiu a Hype sobre Kirk. Apesar destes fatores, ele também está como prospecto de segundo para terceiro round, porém, como há um “empate técnico” entre muitos recebedores, acredito que além da preferência pessoal de cada franquia, o fato dele trabalhar em special teams como retornador terá muito peso para sua escolha no Draft e as franquias irão levar isto em consideração.  O texto de amanhã iniciará a nossa saga pela defesa e falaremos da Linha Defensiva.

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