(por Rafael Lima) Nesta segunda-feira, dia 27/06, Bruins e Blues começam a decidir a Stanley Cup no TD Garden, em Boston. Os dois times não eram favoritos a conquistarem suas respectivas conferências, nem antes da temporada começar, nem após o término da temporada regular, embora, a Playmaker Brasil tenha colocado cada um deles entre os 5 melhores de suas respectivas conferências antes do começo do campeonato.O Boston Bruins fez uma campanha que começou mediana, mas foi solidificando ao longo da temporada, pois a equipe se tornou muito equilibrada ao longo do tempo. O ataque é arrasador, formado pelo ídolo da franquia, Brad Marchand, o jovem David Pastrnak e o líder Patrice Bergeron na primeira linha, tendo o suporte dos ótimos David Krejci, Jake DeBrusk e David Backes, levando vantagem em relação aos adversários neste quesito. bruins-celebration-senators.jpg Mas se falar da parte ofensiva de Boston se torna óbvio, a defesa também merece ser destacada, deixando a “balança da equipe” mais próxima, com o experiente Zdeno Chara liderando o setor formado por jogadores em franca ascensão como Charlie McAvoy, Torey Krug e Brandon Carlo. Atrás dos defensores, os Bruins possuem um dos melhores goleiros do mundo, Tuukka Rask, que é daqueles atletas que gostam de “jogo grande”, atuando de forma espetacular na pós-temporada.Todos esses fatores tornam o Boston Bruins um time dificílimo de ser batido e, depois do êxito na batalha contra o Toronto Maple Leafs, a equipe ganhou uma confiança de campeão, trazendo um pequeno favoritismo para a franquia de Massachusetts, que além da maior profundidade de elenco, vem mais descansada para a final, já que derrotou os Hurricanes em 4 jogos, diferentemente de St. Louis, que foi para o jogo 6, contra um time da categoria do San Jose Sharks, que exige ainda mais da parte física do oponente.Apesar da condição de azarão, o St. Louis Blues foi avançando desta forma durante todas as fases dos Playoffs e, na primeira parte da temporada regular, era difícil apostar em playoffs para uma equipe que estava em último lugar na liga e demitiu o técnico Mike Yeo mas, como em um passe de mágica, o time se arrumou com o treinador Craig Berube e as chegadas de Jordan Binnington e Ryan O’Reilly, tendo uma arrancada exemplar para a pós-temporada.O ponto principal dos Blues também é o ataque, que foi crescendo e se moldando para chegar no auge na fase decisiva. A primeira linha tem tudo o que um time de sucesso precisa, um craque como Vladimir Tarasenko, que reencontrou seu melhor nível, um artilheiro como Jaden Schwartz e um center consistente, representado por Brayden Schenn. usa_today_10397545.jpg Além deles, as demais linhas possuem atletas que vem se apresentando em alto nível, O’Reilly, David Perron, Pat Maroon, Oskar Sundqvist, Tyler Bozak, Ivan Barbashev, Alexander Steen, enfim, St. Louis terá sempre qualidade ofensiva no gelo. A defesa também é confiável, porém menos versátil que a do adversário, mas não dá para subestimar um sistema defensivo formado por Alex Pietrangelo, Joel Edmundson, Colton Parayko, entre outros, com Binnington em grande fase na retaguarda.As duas equipes tem um estilo de jogo parecido de muita força física e estudo mas, como já foi dito, os Bruins tem um time mais encaixado, com jogadores com maior capacidade de quebrarem esquemas e fazerem jogadas de habilidade, só que o fato dos Blues já terem vivenciado situações assim nesta temporada e atuarem com uma vontade bonita de se ver, acaba equilibrando mais as ações, o que me faz pensar que esta série final não deverá ser o passeio que foi para Boston em 1970, na primeira vez que as duas franquias se enfrentaram na decisão, quando o time preto e amarelo definiu a questão em apenas quatro jogos.Depois de tudo isso, só resta dizer que essas finais serão imperdíveis e emoção com certeza não irá faltar.
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