(por Rafael Lima) O duelo teve um desfecho comum com a vitória do Boston Bruins, mas o decorrer dele foi bastante inesperado, com o St. Louis Blues se defendendo muito bem, abrindo 2 a 0, e se mantendo na disputa no placar durante o tempo inteiro, mesmo sendo completamente dominado, com muito menos shots e bem inferior na posse do disco. Os Bruins tiveram um domínio territorial maior que o esperado e conquistaram um triunfo difícil em um embate relativamente fácil, por mais sem pé nem cabeça que isso possa parecer. Quem viu o jogo deve entender o quero dizer.O jogo começou bastante equilibrado, com as equipes apostando na força. Boston não conseguiu impor a pressão que lhe é peculiar, com isso St. Louis gostou da partida e, depois de bom passe de Jaden Schwartz, Brayden Schenn abriu o placar, com um belo Snapshot. Neste momento as duas linhas principais estavam no gelo.Os Bruins na reta final foram pra cima, tiveram um powerplay a favor, mas não conseguiram ser implacáveis como de costume, Marcus Johansson teve grande chance para empatar, mas o puck explodiu na trave. Os anfitriões continuaram empurrando os visitantes para trás, tiveram outro powerplay pra tentarem chegar ao gol, mas nada feito. Craig Berube conseguiu armar um defesa que travou o ataque preto e amarelo.No segundo período o Boston Bruins foi com tudo pra cima, mas um erro bobo de Pastrnak permitiu uma bela jogada de St. Louis, que terminou com o gol de Vladimir Tarasenko, após grande assistência de Brayden Schenn, abrindo 2 a 0 para os Blues. St.Louis sentiu o bom momento e passou a ameaçar os anfitriões, só que um contra-ataque improvável, puxado por Joakim Nordstrom e Sean Kuraly, culminou num gol “espanado” de Connor Clifton.A partida se tornou truncada, mas os Bruins foram tomando conta das ações, atacaram com paciência, rondaram a meta, foram consistentes e acabaram premiados, em seu quarto powerplay da noite, com um gol de Charlie McAvoy. A equipe da casa continuou superior, não deixou St.Louis ir ao ataque e aparentava estar perto do terceiro tento. Brad Marchand acertou a trave em um forte disparo, quase fez um golaço num giro de 360 graus, mas não conseguiu fazer o dele. O segundo período teve um dono, que fez dois gols, mas poderia muito bem ter feito mais, afinal, foram 18 shots a 3 na etapa para Boston.No terceiro tempo o duelo não mudou, os Bruins jogavam de forma dominante sendo superiores em todas as linhas. A pressão aumentava a cada minuto, até que Binnington, que vinha tendo ótima atuação, soltou o disco, possibilitando a Noel Acciari o domínio e a assistência para o gol de Kuraly, incendiando o TD Garden, que esquentava ainda mais seu time no gelo. 1C382E8E-E585-4F2E-A050-C52911B154E2.jpeg O embate continuou em alta intensidade física, com Boston melhor, mas St. Louis buscava sair mais, tentava incomodar a meta defendida por Tuukka Rask, mas o que ia lá era defendido. Já na reta final, Brad Marchand, que havia passado perto de marcar, principalmente no segundo período, conseguiu deixar o dele num wrist shot, fechando a partida, acabando com as esperanças dos Blues para este duelo. Final: St. Louis Blues 2-4 Boston BruinsO jogo demonstrou a superioridade de Boston nas linhas, a maior experiência do time e o volume de jogo superior. O St. Louis Blues é resiliente, brigador, mas tecnicamente é inferior. As grandes questões que ficam são se a defesa da franquia do Missouri vai conseguir manter o alto nível durante os três tempos e se as linhas vão ter condições de ficar mais com o disco. Se isso acontecer, eles terão chances, caso contrário, será bem difícil tirar esse título dos Bruins.
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