(por Vinicius Freitas)Em uma semifinal que prometia equilíbrio, por conta das duas equipes terem qualidades tanto defensivas, quanto ofensivas, a Argentina conseguiu manter a dianteira do placar durante toda partida e voltou às finais da competição depois de quase 20 anos.O primeiro quarto começou com a Argentina melhor, marcando muito bem e abusando das jogadas de infiltração, com Luis Scola e Facundo Campazzo sendo os principais pontuadores da equipe no começo do jogo, chegando a fazer 10-2 a favor na primeira metade do quarto, anulando praticamente todos os ataques franceses. Mas a França não se abalou, Evan Fournier começou a pontuar e, com dois arremessos certeiros de três pontos de Louis Labeyrie, a diferença foi diminuindo e o placar do primeiro quarto terminou em 21-18 para a Argentina.No segundo período a Argentina continuou melhor e o mal aproveitamento da França nos arremessos do perímetro também ajudou a equipe na manutenção do placar. Os latinos iam administrando o jogo e tendo êxito na contenção de jogadas de garrafão da França, chegando a aumentar a vantagem para quase 10 pontos na metade do período. Mas no final da etapa, os franceses novamente correram atrás, com Frank Ntilikina e Evan Fournier chamando o jogo, e diminuíram a diferença para 36-32, mas o inspirado Campazzo acertou uma cesta de muito longe (à la Stephen Curry e Damian Lillard) quase no estouro do cronômetro, e deixou a Argentina com 39-32 na saída das equipes para o intervalo.No terceiro período as equipes foram muito bem nos arremessos de três pontos, sendo a principal arma usada no duelo, mas a Argentina ainda assim respondia os arremessos dos franceses a altura, e conseguiu aumentar ainda mais sua vantagem, ficando 15 pontos na frente em alguns momentos. Os franceses tinham dificuldade na leitura dos ataques argentinos, e quando os hermanos não acertavam seus arremessos de três, infiltravam ou armavam jogadas com muita facilidade, deixando algumas vezes um companheiro totalmente livre para finalizar a jogada. E o placar ficou 60-48 para os argentinos.[[{“type”:”media”,”view_mode”:”media_large”,”fid”:”3756″,”attributes”:{“class”:”media-image size-full wp-image-14481 aligncenter”,”typeof”:”foaf:Image”,”style”:””,”width”:”1200″,”height”:”676″,”alt”:””}}]]Na etapa derradeira da partida, os argentinos continuavam muito bem coletivamente, trabalhando bem a bola para finalizar as jogadas e obtendo êxito na proteção da zona pintada. Rudy Gobert (que foi um dos principais jogadores na vitória dos EUA), apesar dos 10 rebotes defensivos, terminou a partida com apenas três pontos, mostrando o quão eficiente a defesa argentina foi na partida. Ntilikina ainda tentou, pontuando bem no último período, mas a desvantagem no placar era alta, e o tempo curto, e os europeus não tinham mais forças para superar o grande jogo coletivo dos latinos.Final: Argentina 80-66 FrançaA França sai da competição com uma boa perspectiva, além de ter eliminado a sempre temida seleção dos EUA. Evan Fournier (16pts) e Frank Ntilikina (16pts) foram os principais nomes da equipe europeia, e talvez o grande fator da derrota francesa foi a já citada atuação de Rudy Gobert, que é talvez o nome mais importante da equipe na atualidade. A França encerra sua participação no torneio no próximo domingo, dia 15/09 contra os Australianos, pela disputa do 3º lugar, às 5h da manhã no horário de Brasília, na cidade de Beijing.A Argentina venceu a partida com méritos, jogando um basquete muito eficiente e de alta qualidade coletiva, tanto na defesa quanto no ataque. Sabendo equilibrar as jogadas de perímetro e de infiltração, foi superior durante toda a partida e não correu riscos em nenhum momento. Liderados por Luis Scola (28pts, 13reb), os argentinos voltam às finais da competição depois de 17 anos, quando foram vice-campeões jogando nos EUA, perdendo na prorrogação para grande geração da Sérvia, Os argentinos vão enfrentar a Espanha na final, também no próximo domingo, dia 15/09, às 9h da manhã no horário de Brasília, também na cidade de Beijing.
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