As esperanças da Andretti em garantir uma vaga no grid da Fórmula 1 foram frustradas por enquanto, depois de a categoria emitir um comunicado nesta quarta-feira (31) dizendo que rejeitou a oferta da equipe americana para 2025. No entanto, na mesma declaração detalhando por que a FOM não sentia que a Andretti justificava um lugar no grid para os próximos anos, ficou claro que havia espaço para conquistar o 11º lugar a partir de 2028.
Em outubro de 2023, a FIA anunciou que, após um pedido de manifestação de interesse de possíveis participantes, estava convencida de que as capacidades técnicas da Andretti eram suficientemente fortes para justificar uma inscrição. No entanto, como parte do processo de uma nova equipe estabelecido no Pacto de Concórdia, havia a necessidade de um acordo comercial com a própria F1, a Liberty Media, antes de poder entrar no grid.
Conseguir tal acordo não seria fácil, já que a categoria deixou claro que era indiferente à ideia de expandir o grid, a menos que pudesse ser provado que uma nova entrada traria um benefício claro. Após meses de deliberação e discussões com as principais partes interessadas, a F1 concluiu que não acredita que abrir mais uma vaga para a Andretti seja a coisa certa a se fazer.
O comunicado diz: ”O nosso processo de avaliação estabeleceu que a presença de uma 11ª equipe não traria valor ao campeonato. A maneira mais significativa pela qual um novo participante agregaria valor é sendo competitivo. Não acreditamos que o candidato seja um participante competitivo”.
Além disso, acrescentou que considera que ter uma equipe extra no grid colocaria uma pressão financeira desnecessária sobre os atuais promotores de corridas.
”A adição de uma 11ª equipe representaria um fardo operacional para os promotores de corrida, sujeitaria alguns deles a custos significativos e reduziria espaços técnicos, operacionais e comerciais dos outros concorrentes. Não fomos capazes de identificar qualquer efeito positivo esperado nos resultados financeiros da CRH, como um indicador chave do valor comercial do campeonato,” acrescentou.
Portas abertas para a Andretti em 2028
Outra questão por trás da postura da F1 é a situação do motor da Andretti, com a equipe sendo obrigada a adquirir unidades de potência dos clientes a partir de 2025 ou 2026 – um acordo que pode pressionar os fabricantes atuais. A categoria sentiu que esta não era uma boa situação para a saúde do campeonato, mas seus sentimentos podem mudar assim que a Andretti colocar em funcionamento os planos para uma aliança com a Cadillac, potencialmente em 2028.
”Nós olhamos de forma diferente para um pedido de entrada de uma equipe no campeonato de 2028 com uma unidade de potência da GM, seja como uma equipe de fábrica da GM, seja como uma equipe cliente da GM, projetando todos os componentes permitidos internamente.
”Nesse caso, haveria fatores adicionais a serem considerados em relação ao valor que o candidato traria ao campeonato, em particular no que diz respeito a trazer um novo fabricante de prestígio para o esporte como fornecedor de Unidade de Potência,” acrescentou a F1.
