Autor do gol mais importante da história do Fluminense até aqui, o do título da CONMEBOL Libertadores no Maracanã, em menos de seis meses, John Kennedy viu sua jornada no clube derrocar diante das polêmicas que vem criando com o elenco, onde perdeu grande respaldo após uma série de indisciplinas que lhe fizeram perder apoio entre os “medalhões” do tricolor carioca. Outra vez afastado do time por nova falha cometida internamente, o atacante busca refúgio para ressurgir e recuperar uma carreira até então considerada pródiga, mas atualmente correndo sérios riscos de queda. E de acordo com o jornal Extra, conta com um aliado de peso para se firmar.
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Buscando evitar uma eventual queda de seu talismã, o técnico Fernando Diniz entra em ação na intenção de resgatar John Kennedy e contornar a situação criada pelo atacante no Fluminense nos últimos dias. O treinador é um dos principais defensores do atleta na equipe, e acredita que o pupilo merece uma nova chance de se recuperar diante dos episódios que criou no ambiente interno do tricolor. Diniz teme que uma possível saída ou desacompanhamento de Kennedy possa influenciar de forma negativa em seu futuro, porém, encara certa resistência dos líderes do elenco, que já não acreditam mais na recuperação do jogador.
JK no Fluminense: de apadrinhado a ignorado após indisciplinas
Líderes do elenco tricolor, frustrados com o comportamento de Kennedy após uma “brilhante temporada” de 2023, e que lhe apadrinharam diante das conquistas, hoje ignoram o atacante, cercado de episódios que influenciaram negativamente no ambiente do Fluminense de 2024. O lateral-esquerdo Marcelo, que chegou a comparar o companheiro de equipe com ícones como Ronaldo Fenômeno e Romário, atualmente não segue o atleta nas redes sociais e junto de outros jogadores, já se manifestou em tom irônico com relação à punição sofrida por ele recentemente.
A indignação dos atletas mais experientes do Fluzão iniciou a partir do episódio ocorrido às vésperas do clássico contra o Vasco, pela terceira rodada do Brasileirão, onde JK participou de uma uma festa na concentração tricolor junto do volante Alexsander, do atacante Kauã Elias e do meia Arthur, horas antes do duelo. Após o primeiro veto tomado pelos quatro, naquele dia 20 de abril, os três últimos foram reintegrados ao elenco dias depois, tendo Kauã e Alexsander atuado no último jogo contra o Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil, e Arthur, ficado no banco de reservas.
Na ocasião do primeiro afastamento, a medida era encarada como preventiva e como um “ultimato” aos envolvidos no caso, sobretudo John Kennedy, porém, a sanção não trouxe reflexos esperados com o atacante, que durante a punição inicial, além de se atrasar para um treinamento, foi flagrado numa boate e faltou a uma atividade no último domingo, no CT Carlos Castilho — dia em que a delegação do Fluminense enfrentava o Corinthians em São Paulo.
Diante das novas indisciplinas, pouco tempo após ser reintegrado, Kennedy voltou a ser retido do elenco tricolor com outra punição sofrida no começo desta semana. Após se atrasar uma hora e vinte minutos para o treino de terça-feira (30), o atacante foi oficialmente afastado pelo Fluminense e por tempo indeterminado. Anteriormente à nova punição, e em sua defesa, JK se manifestou no último final de semana em suas redes sociais afirmando aceitar “todas as punições impostas pelo tricolor” e se desculpou com torcedores, colegas de equipe e familiares pelo comportamento apresentado.
Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense F.C.
