Apesar da controvérsia envolvendo a corrupção, o GP de Singapura permanece confirmado, e isso deve ser reafirmado pela FIA, conforme afirmado pelo governo local. O escândalo inclui um ex-ministro e o promotor do evento, Ong Beng Seng, segundo um porta-voz governamental.
O Ministro dos Transportes de Singapura, S. Iswaran, anunciou sua demissão enquanto enfrenta 27 acusações relacionadas à sua ligação com Beng Seng, detentor dos direitos do GP e presidente-executivo da promotora do evento.
O caso gira em torno de supostas propinas que totalizam mais de 250 mil dólares, as quais o Escritório de Investigação de Práticas Corruptas de Singapura alega que Iswaran pode ter recebido de Ong Beng Seng.
As evidências apontam para favores que incluem ingressos para partidas de futebol, espetáculos musicais, um voo no avião particular de Ong e ingressos para o Grande Prêmio de Fórmula 1 de Singapura, no qual Iswaran atuava como consultor, enquanto Ong detém os direitos da corrida.
Iswaran refutou as acusações, emitindo um comunicado onde afirma estar determinado a limpar seu nome. Beng Seng ainda não foi formalmente acusado. Com Beng Seng sendo uma figura central no GP, surgiram dúvidas sobre os possíveis impactos no futuro do evento, que possui um contrato vigente até 2028. No entanto, o Ministro de Comércio e Indústria veio a público assegurar que o governo está satisfeito com o acordo atual.
FIA e o recente histórico de cancelamentos
A Fórmula 1 já enfrentou cancelamentos de GPs em ocasiões anteriores devido a motivos políticos, como o caso notório do GP da Rússia em 2022 devido a conflitos com a Ucrânia. O GP do Vietnã também foi cancelado em razão da COVID-19, e no ano seguinte não foi retomado após o ex-prefeito da cidade, Nguyen Duc Chung, ser preso por corrupção em agosto de 2020.
Em 2024, o GP da China retorna, ausente desde 2020 devido às rigorosas restrições do governo para controlar a pandemia de COVID-19.
