Jordan Andretti
Automobilismo Fórmula 1

Eddie Jordan diz que rejeição da Andretti pela F1 é um ‘escândalo’

Apesar de ter recebido aprovação da FIA em outubro passado, a solicitação da Andretti para ingressar no grid da Fórmula 1 foi recentemente rejeitada, com um comunicado argumentando que a equipe americana não “acrescentaria valor” ao esporte. A recusa da Andretti, que conta com o respaldo da marca Cadillac da General Motors para sua participação planejada, ocorreu mesmo diante dos esforços da F1 para construir uma base de fãs nos Estados Unidos, com três GPs realizados em Miami, Austin e Las Vegas na temporada passada.

Em uma entrevista para o podcast Formula For Success, Eddie Jordan expressou que seria um privilégio para a Andretti competir na F1. Ele destacou o período em que iniciou sua equipe em 1991, quando havia 39 carros competindo por uma das 24 vagas disponíveis no grid.

“Na minha época, quando comecei a equipe em 1991, havia 39 carros esperando para ocupar uma das 24 vagas disponíveis no grid. Devo lembrar que já existe uma previsão para 24 carros no grid. Não 22, não 20, são 24.

Então agora a Liberty aparece e diz que mesmo que a FIA tenha dito que eles passaram em todos os critérios, eles não tinham seus negócios em ordem e não tinham financiamento. Eles já tinham um acordo de curto prazo com a Renault antes de mudar para suas próprias unidades de potência.”

Jordan acredita na necessidade de mais equipes

Ele criticou a justificativa da Liberty de que a Andretti não tinha seus negócios em ordem, destacando que nomes proeminentes como Lamborghini, Prost, Ligier, Zakspeed, Honda, Suzuki, Toyota e BMW já tiveram a oportunidade de participar:

“Mesmo que a Liberty diga que as equipes não têm influência nisso, isso é um absurdo. Claro que têm. Eles deixaram bem claro que o grid está fechado, há apenas 10 equipes, eles se esqueceram de todos os outros, e isso é uma franquia.

As equipes não são estúpidas. Bernie tem sido incrivelmente justo sobre isso. Ele permitiu que as equipes entrassem e saíssem quando quisessem. Grandes nomes como Lamborghini, Prost, Ligier, Zakspeed, Honda, Suzuki, Toyota, BMW não estão mais lá, mas tiveram uma chance.

Então, por inferência normal, tem que haver uma entrada e uma saída. Esta é uma realidade normal da competição. É fundamentalmente errado pensar que 10 equipes no grid podem ditar ao mundo que a F1 são delas e somente delas.” completou Jordan

Quem toma as decisões?

Jordan argumentou que a rejeição destacou o desequilíbrio de poder entre a FIA e a Liberty Media, questionando quem realmente toma as decisões: a FIA ou a F1. Ele expressou sua confiança na FIA em tomar decisões em prol do esporte e sugeriu que a posição da Liberty de fechar as portas para Andretti é injustificada e ridícula. Jordan disse: “Há um conflito aqui. Quem toma a decisão? FIA ou F1?

Na minha opinião, a FIA sempre teve um processo eleito de quem será o presidente, quem fará isso e quem fará aquilo. Posso garantir que a FIA pensou muito neste assunto, foi muito compreensiva e decidiu que, no interesse do esporte, deve e pode haver uma posição para Andretti. Para a Liberty, a F1 ou a FOM se apresentarem e dizerem que não atendem aos critérios, que não acreditam que os US$ 200 milhões que têm para investir sejam suficientes e que não podem provar isso, é simplesmente ridículo,” afirmou.

Concluindo, Jordan enfatizou a importância do nome Andretti para a F1, considerando-o valioso para o esporte, e lamentou profundamente a exclusão da equipe, considerando-a um equívoco significativo. “A F1 precisa do nome Andretti. É um ótimo nome. Lamento muito que o tenham excluído. Lamento muito,” finalizou.

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