Kamilla Cardoso
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MVP e bicampeã da NCAA, quem é Kamilla Cardoso

Neste domingo, 7, South Carolina derrotou Iowa e conquistou o título do basquete feminino universitário, e o destaque foi a brasileira Kamilla Cardoso. A pivô terminou a final com 15 pontos, 17 rebotes (maior marca de sua carreira) e três bloqueios, recebdendo o prêmio de MVP da Final. Mas a importância de Kamilla não para por aí.

Após passar duas temporadas com a função de reforçar a rotação vinda do banco, Kamilla, em 2023, assumiu o papel de protagonista de um dos principais programas de basquete feminino nos Estados Unidos nos últimos anos.

E a nova função não pesou em nada para Kamilla. Sendo uma das líderes do elenco de South Carolina, a brasileira liderou com muito empenho dentro e fora de quadra. E o resultado disso foi a conquista do título de forma invicta.

Além disso, Kamilla e South Carolina derrotaram o grande nome do basquete feminino nos Estados Unidos no momento: Caitlin Clark. A armadora de Iowa já possui status de ‘GOAT’ ainda a nível universitário, e será selecionada na primeira escolha do próximo Draft da WNBA, que acontecerá no dia 15 de abril. Vale destacar que Kamilla é considerada como a segunda melhor pivô da classe, com chances altas de ser selecionada dentro do top-5.

Dando um pouco mais de atenção na final em si, Kamilla chegou ao jogo como a protagonista de sua equipe, mas além disso, a brasileira atuou após sentir uma lesão na última partida. A pivô, por não estar 100%, demorou para entrar no ritmo, porém, quando entrou, se destacou nos dois lados da quadra – algo que faz muito bem há anos.

Iowa começou melhor o jogo, abrindo 10 pontos de vantagem logo cedo, e muito por conta de Clark. Mas com o tempo, Kamilla e companhia mostram a principal característica de South Carolina: o grupo. Demorou alguns minutos, e South Carolina virou o placar, com a brasileira já sendo destaque.

No entanto, foi no segundo tempo em que Kamilla brilhou. Com dois metros de altura, a pivô era, de longe, a mais alta em quadra, e a brasileira mostrou muita evolução ao usar seu físico no ataque na atual temporada. Nos últimos anos, Kamilla era uma força defensiva, sem conseguir ter o mesmo sucesso no setor ofensivo.

Em 2024, porém, a camisa 10 desenvolveu e muito sua atuação no ataque. Como exemplo disso, destaque para a sua performance nas quartas de final, quando marcou 22 pontos, sendo a cestinha da partida.

Voltando para a final, a Iowa, sabendo da dominância da brasileira no garrafão, preparou uma marcação forte para tentar parar Kamilla Cardoso. Toda a vez que a pivô recebia de costas para a cesta, cerca de três jogadoras ficavam ao seu redor. Mas essa estratégia funcionou em poucos momentos, com a brasileira usando muito bem os pés para se desmarcar e pontuar.

Na defesa, Caitlin Clark precisou focar na sua especialidade – bolas de três – para marcar, pois sempre que se infiltrava, Kamilla estava. E a brasileira foi responsável por três bloqueios, com destaque para dois no último quarto, “matando” qualquer ímpeto de empatar ou virar de Iowa.

O título invicto para Kamilla Cardoso coroa uma grande temporada da brasileira em 2023-24. Protagonista de um dos principais programas de basquete dos Estados Unidos, mais uma temporada sendo destaque como defensora, e com média de pontuação de 14 pontos. Kamilla mostra que será, sim, uma força na WNBA para a próxima temporada.

Kamilla Cardoso após conquistar o título da NCAA por South Carolina (Foto: News Online)
Kamilla Cardoso após conquistar o título da NCAA por South Carolina (Foto: News Online)

Kamilla Cardoso e a WNBA

A temporada da NCAA de basquete feminino de 2023-24 foi uma das melhores de todos os tempos. Além de partidas incríveis durante o March Madness, o basquete universitário “serve” uma das melhores classes de prospectos para a WNBA, e Kamilla Cardoso está entre os principais nomes.

Com certeza, Caitlin Clark lidera a classe de 2024-25, logo em seguida temos Cameron Brink (Stanford) como a principal pivô da classe. Na sequência o nome de Rickea Jackson, ala-pivô de Tennessee, é destaque. Então temos Kamilla Cardoso, que poderá fazer uma dupla interessante com Brink no Los Angeles Sparks.

No entanto, após o segundo título em três anos e o prêmio de MVP da Final nesta temporada, e pelo próprio desempenho decepcionante de Brink, que amargou, ao lado de Stanford, uma eliminação cedo pelo segundo ano seguido, podemos acreditar que Kamilla Cardoso possa sair mais cedo no Draft. Antes de Clark é impensável, mas a brasileira tem muita capacidade de ser o segundo nome chamado no evento.

(Foto: LAPRESSE)

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