Adrian Newey
Automobilismo Fórmula 1

Newey despista conversas sobre aposentadoria: ‘por que ia querer me afastar?’

Um dos maiores projetistas da história do automobilismo, Adrian Newey celebra os seus 65 anos nesta terça-feira (26), uma idade em que muitos considerariam aposentadoria. No entanto, após projetar o carro mais dominante dos últimos tempos na Fórmula 1, parar não parece ser uma opção para Newey, afirmando que não considera se aposentar agora.

Em entrevista, Newey falou sobre a sua relação com a Red Bull, que começou após passagens de muito sucesso na Williams e McLaren, e demonstrou vontade em continuar participando do desenvolvimento da equipe austríaca:

“Quando juntei-me à Williams e à McLaren, eram duas grandes equipas que tinham vencido corridas e campeonatos muito antes de eu chegar, por isso havia muito pouca necessidade no lado da infraestrutura. Nada a fazer deste lado do projeto.

Considerando que, e foi por isso que entrei na Red Bull, era um risco de carreira na época, mas eu só queria esse tipo de envolvimento novamente, de estar envolvido com o desenvolvimento da equipe desde o início. Nesse sentido, tendo estado envolvido no início com Christian e Helmut [Marko], desenvolvendo a equipe, então por que eu iria querer me afastar disso?,” afirmou Newey.

Trabalhando com grandes nomes durante os seus tempos de Wiilliams e McLaren, Newey conquistou seis títulos de construtores e seis títulos de pilotos durante esse período. Quando partiu para a Red Bull, ele se tornou o principal responsável por um carro dominante entre 2010 e 2013, no começo da era do difusor duplo, e voltou a fazer isso durante a era do retorno efeito solo, conquistando dois títulos com Max Verstappen em 2022 e 2023.

Quando Newey quase parou?

Com toda essa experiência na categoria, Newey admitiu que houve um momento em que ele pensou em parar, mas por motivos diferentes. Esse momento veio em 2014, quando a Mercedes começou a dominar após a mudança dos motores na Fórmula 1, enquanto a Red Bull sofria com as limitações do motor Renault.

“A única vez que (a aposentadoria) chegou perto foi em 2014 e por motivos completamente diferentes. Simplesmente, naquela altura, tínhamos uma unidade de potência que não estava funcionava, o que acontece, claro. E não parecia haver um grande desejo do fabricante no nível mais alto – não dos caras [na fábrica], mas do nível mais alto de investir para reverter isso.

Então, você está em uma posição um pouco deprimente onde, como todos sabemos, para ganhar campeonatos você precisa ter os três fatores-chave: piloto, chassi e motor – e se um deles for fraco, você não vence,” disse Newey.

(Foto: BSR Agency/Getty Images)

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