belgica 2018
Futebol

Análise Playmaker Brasil dos grupos da Copa do Mundo: Grupo F

(por Diego Dias)A Copa do Mundo já se aproxima do pontapé inicial. No próximo dia 20, o país-sede Qatar faz o jogo de abertura diante do Equador pelo grupo A. Três dias depois, o grupo F vai a campo com Marrocos e Croácia se enfrentando, enquanto Bélgica e Canadá medem forças.O grupo F, aliás, é um daqueles que, se por um lado não possui uma seleção de ponta ou com tradição em Copas, promete ter bastante equilíbrio. Não há um franco favorito e nem uma carta fora do baralho.Se for para apontar um potencial campeão do grupo, podemos considerar a Bélgica. Semifinalista na edição de 2018 e atual vice-líder do ranking da FIFA, os “Diables Rouges” tiveram vida fácil nas eliminatórias e apostam no entrosamento para novamente chegarem longe. O técnico Roberto Martínez, que está há 7 anos no cargo, aposta no talento de Kevin De Bruyne (Manchester City), Eden Hazard (Real Madrid) e no faro de gol de Romelu Lukaku (Internazionale). Na defesa, os tarimbados Jan Vertonghen (Anderlecht) e Toby Alderweireld (Antwerp) fazem proteção ao goleiro Thibaut Courtois (Real Madrid).Mas os belgas terão a concorrência da Croácia. Vice-campeã na Rússia, o selecionado dos balcãs suou para se classificar ao Mundial apesar da boa campanha ao ficar apenas 1 pontinho à frente da Rússia em seu grupo. Os croatas também lançarão mão da experiência e talento de Luka Modric (Real Madrid), melhor jogador do mundo em 2018, e Mateo Kovacic (Chelsea) e Marcelo Brozovic (Internazionale), que formam o meio-campo e são as principais engrenagens do esquema tático do técnico Zlatko Dalic. Entre a nova geração, o zagueiro Josko Gvardiol (Red Bull Leipzig), de 20 anos, merece os olhares.Outra seleção a manter sua base para 2022 é o Marrocos, que disputará Copas consecutivas pela segunda vez em sua história. Os “Atlas Lions”, uma das forças do futebol africano, estiveram impecáveis nas eliminatórias ao conceder apenas 1 gol em toda a campanha. No entanto, a recente troca de técnicos após uma frustrante Copa Africana de Nações traz certa incógnita ao grupo. O inexperiente Walid Regragui deve alinhar um time mais ofensivo em relação ao esquema do antecessor Vahid Halihodzic, colocando três atacantes e três meio campistas. Os principais nomes chegam ao Qatar com mais maturidade em relação a 2018, o que pode ser um diferencial. Achraf Hakimi (Paris Saint-Germain) e Hakim Ziyech (Chelsea), que chegou a brigar com o antigo técnico e agora retorna à seleção, são peças-chave do plantel, assim como Youssef El Nesyri (Sevilla).Candidata a surpresa desta Copa, o Canadá já atraiu as atenções graças à brilhante campanha nas eliminatórias da Concacaf ao se classificar com antecedência e superar os tradicionais México e EUA. Voltando a disputar um Mundial depois de 40 anos, os canadenses depositam sua confiança em Alphonso Davies. O jovem lateral do Bayern de Munique é a principal peça no esquema tático do técnico John Herdman, no qual ele atua praticamente como um ponta, livre para apoiar o ataque, comandado pelo veloz Jonathan David (Lille).ProjeçãoA tendência é mesmo a Bélgica avançar como primeira colocada no grupo, ainda que com sustos. A segunda vaga deve ser altamente disputada entre Marrocos e Croácia, com leve favoritismo pros europeus. Porém, não será surpresa se os africanos alcançarem as oitavas de final. O Canadá deve apenas ganhar experiência em nível de competição, mas pode roubar pontos, ou saldo de gols, dos concorrentes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *