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Futebol

Ao primeiro ídolo: feliz aniversário, Fenômeno!

(Por Daniel Morales)Final da Copa do Mundo de 2002. Tenho poucas lembranças. As maioria delas só permanece viva devido às fotografias tiradas e localizadas em porta-retratos. De cabeça mesmo, o que eu lembro era de ter três anos de idade ainda usando fraldas, estar em frente à televisão da sala e usando uma camisa do Brasil. Lembro também de ver um cara com um cabelo meio engraçado comemorando o gol que até então eu não sabia, mas era o do penta.Esse cara era Ronaldo. Nada mais nada menos que minha primeira grande referência de um grande jogador de futebol, o primeiro ídolo. Voltando às memórias daquele 30 de junho de 2002, na minha camisa e uma das únicas que tive até o presente momento em toda minha vida, da seleção brasileira, o número nove estampado na frente e, após o final do jogo em meio às comemorações da conquista da quinta estrela, estava eu, o pequeno Daniel, no corredor de sua casa chutando uma bola de meia com as cores do Fluminense para um golzinho de plástico e fingindo ser Ronaldo. Na mente dele, ele era Ronaldo. E o Fenômeno foi o jogador favorito deste jovem rapaz, principalmente quando começou de vez a assistir e acompanhar futebol, na Copa do Mundo de 2006. Naquela época, ver a seleção brasileira não era como é nos dias atuais, onde por muitas vezes nem sabemos quando joga. Em 2006, até depois da Copa do Mundo, ver a seleção brasileira jogar era motivo de querer faltar a escola mesmo que o jogo fosse um amistoso contra País de Gales numa tarde de terça-feira.Daniel, já com seus sete anos, tinha a convicção plena de que o Brasil seria campeão mundial. O hexa era questão de tempo. Também, com um quadrado mágico que, além de contar com seu grande ídolo Ronaldo, ainda tinha o imperador Adriano, o então melhor do mundo Ronaldinho Gaúcho, e Kaká, que imitaria o “Bruxo” no ano seguinte ao faturar a Bola de Ouro. E o jogo do Brasil na Copa do Mundo é aquela festa: a família se reúne, os moradores pintam a rua, todo mundo se pinta de verde e amarelo só para ver o Brasil jogar.Mas, Daniel além de querer ver a seleção jogar, queria ver Ronaldo. A identificação também existia muito devido Daniel, principalmente na infância, ser um pouco careca e gordinho. Então, até certa identificação rolava entre o jovem menino que só estava conhecendo a sua grande paixão, o futebol, e com seu primeiro ídolo. Era conversa de todo gol a gol que brincava com seus amigos ou primos, Daniel fingia que era Ronaldo, coisa de criança. Bem, sobre a Copa de 2006 todos sabem o final. E parece que cada vez que descobrimos mais dos bastidores daquela seleção brasileira a coisa fica mais feia e constrangedora. O Brasil foi humilhado pela França de Zidane e caiu nas quartas de final do torneio mundial na Alemanha.Os anos passaram, o amor pelo jogo cresceu e se tornou até fanatismo por um tempo. Daniel teve outros ídolos. Kaká, Casillas, Raúl, Fred, Cristiano Ronaldo, Deco, Conca, Messi, Sergio Ramos, Benzema entre outros. Sua relação com a seleção brasileira mudou muito. Virou amor e ódio. Ora torce muito, ao ponto de falar mal do juiz por ter anulado o gol do Richarlison na final da Copa América contra a Argentina, ora seca e torce contra e dar gostosas gargalhadas, como naquele fatídico 08 de julho de 2014 no Mineirão.Sobre Ronaldo, a memória do primeiro ídolo sempre se manteve viva, apesar de não ser o maior. Entretanto, a referência do primeiro grande ídolo ficou. Pois, além da aparência gordinha e meio careca, Daniel se identifica por Ronaldo pela superação.As lesões no joelho que quase acabaram com a carreira do Fenômeno fazem Daniel olhar para os problemas de saúde que teve na infância e que quase ceifaram sua vida. Mas, assim como Ronaldo, superou as lesões no joelho e foi campeão do mundo, Daniel superou seus problemas de saúde e hoje está saudável, quase acabando a faculdade de História e escrevendo sobre o esporte que através de Ronaldo se apaixonou por um grande site. Parabéns Ronaldo! Vida longa ao Fenômeno!

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