(por Pedro Gama)No último domingo (3) foi realizado na Itália o Grande Prêmio da Itália, válido pelo campeonato mundial de F1 2023, e o Playmaker Brasil traz pra você cinco lições que podemos tirar da corrida.1 – Carlos Sainz: ministro da defesaO piloto espanhol surpreendeu a todos no grid ao fazer a pole no sábado, mas era sabido que esse era apenas o começo da montanha que Carlos teria que escalar se quisesse um bom desempenho na corrida, e foi o que aconteceu. Mesmo lidando com um superaquecimento de seus pneus traseiros pelos 44º que a pista fazia, Sainz conseguiu enfrentar as adversidades e fez uma boa corrida, segurou Max Verstappen por 15 voltas, depois Sergio Pérez por mais 14 e nas últimas 5 voltas teve que lidar com um ansioso Charles Leclerc, que parecia disposto a colocar tudo a perder por um pódio. Sainz consegue o seu primeiro pódio no ano. Mais que isso, parece encontrar a forma que o fez se destacar na McLaren, em uma semana que foi especulado de ser o novo piloto da Audi em 2026. Seu comportamento é o ideal para liderar um projeto tão ambicioso. 2 – Sérgio Pérez: está vivo?“Checo” é com folgas o piloto mais pressionado do grid. Tendo em suas mãos o possível carro mais dominante da história, o mexicano vive em desempenho a sua pior temporada na Red Bull, muito ocasionado por um parceiro de equipe cruel – que não permite nenhum tipo de chance e sempre extrai o máximo. É fato que Pérez não soube lidar bem com o fato de ter o carro perfeito e o companheiro perfeito, e muitos de seus erros foram ocasionados por decisões ruins, mas neste domingo ele mostrou o porque está onde está. Com uma corrida sólida, onde teve que dar tudo de si e vencer duras batalhas contra George Russell e Sainz, o mexicano conseguiu um segundo lugar. Para ele é fundamental manter o desempenho, ainda mais após Helmut Marko afirmar que a sua permanência para 2024 não está assegurada. Vale a pena prestar atenção em como ele lida com essa situação.3 – Liam Lawson: se a vida der limões…Após ser jogado na fogueira, o neozelandês, apesar de uma largada ruim, fez uma boa corrida em Monza e, com um carro muito abaixo, ficou em 11º lugar. O piloto de 21 anos que estreou na última etapa após o acidente de Daniel Ricciardo no TL 2 de Zandvoort, e teve o seu primeiro contato com um carro de F1 no treino qualificatório pro GP da Holanda. Liam tem em suas mãos uma oportunidade única, pois tem a chance de nas corridas restantes do campeonato mostrar o porque ele deve permanecer no assento da AlphaTauri pra 2024. 4 – Mercedes: entre tapas e beijosMesmo com seus diretores técnicos admitindo que erraram o conceito do carro, e mesmo a equipe de desenvolvimento tendo dificuldades em consertar os problemas do carro, as flechas de prata novamente fazem um ano muito forte no campeonato de construtores. Ainda que a Mercedes não tenha um carro que seja capaz de vencer corridas, Toto Wolff mostra mais uma vez o porque tem uma das equipes mais constantes da F1. Ferrari e Aston Martin possuem carros mais rápidos, foram mais vezes ao pódio e mesmo assim a equipe alemã permanece em segundo no campeonato. Em Monza, o desempenho da sua dupla de pilotos foi mais uma vez acima da média, mesmo com Lewis Hamilton tomando punição após uma colisão em Oscar Piastri, o inglês se manteve na zona de pontuação. Mas o destaque vai para Russell, que mais uma vez se mostrou implacável. George segurou Pérez com um carro superior por mais de 10 voltas e brigou pelo pódio durante a maior parte da corrida. 5 – (ou 10) Max VerstappenO bicampeão Mundial se isolou como o piloto com mais vitórias consecutivas na F1, com 10 no total. Mesmo perdendo a pole após cometer um erro e tendo que lutar contra Carlos Sainz e mais de 100 mil tifosi presentes no autódromo de Monza, Max se manteve calmo e concentrado, estudou as linhas do espanhol e aguardou pacientemente o seu erro, que veio após uma fritada de pneus na saída da curva 1. Verstappen passou e abriu, e a grande pergunta que existe na F1 é saber quem ou o que podem parar Max Verstappen.
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